A PERENIDADE DE NOSSOS BENEFÍCIOS NA PREVI E CASSI

domingo, 23 de junho de 2024

Alguns tem comentado sobre o final de nosso plano um na Previ, que está fechado desde 1997, o qual terminará quando o último participante morrer.  Se calcula que isso pode ocorrer por volta de 2050. E aí a cogitação é de que os ativos que sobrarem irão para o BB.


Eu com 86 anos certamente não ficarei até o fim.  No máximo talvez chegue a 2030, quando estarei com 92 anos. Torço para que nossos benefícios na Previ e Cassi se sustentem até lá.  Tenho esperanças que sim. Já passei por vários sustos. Um deles foi o prejuízo imenso do BB, em 1996, de 7,5 bilhões, quando assumiu o Ximenes, de triste memória , outro foi na intervenção na Previ, e mais outro foi quando nosso fundo de pensão tinha um déficit de dez bilhões em 2002, quando assumi o conselho fiscal e aconteceu o mensalão e o episódio desagradável do Pizzollato. 

Entrei no BB em 1957 com a garantia de que o banco assumiria o pagamento de minha aposentadoria. Dez anos depois, em 1967, fui obrigado a optar pela Previ, e passei a depender do nosso fundo de pensão.  Por sua vez o antigo serviço médico do BB que operava na agência centro de Poa, onde eu trabalhava no cadastro, antes de passar para o serviço jurídico, foiextinto e surgiu a Cassi com os credenciamentos e assistência farmacêutica.. 

Fiquei preocupado com o andar da carruagem. Meu sonho sempre foi a perenidade dos benefícios. E instado por alguns colegas fui defender meus e nossos interesses juridicamente e na área administrativa. Idealizei o peladaço na frente da Previ é a novembrada mais tarde para mostrar perante a mídia que não estávamos inertes, mas atentos e dispostos a defender nossas conquistas.

E agora aqui nos encontramos numa fase difícil de novo. Merece atenção máxima.

A perenidade é um privilégio. Muitos ficaram pelo caminho. O Aerus, por exemplo, poderoso fundo de pensão do pessoal da Varig. Uma tragédia.

Na vida pessoal também persigo a perenidade da família. Finalmente fui abençoado com o nascimento da minha primeira bisneta, a Marietta, dando início a quarta geração. Ela nos perpetua. Ela é o meu futuro. E para conhece la viajei com a Ana até aqui em Barcelona, onde seus pais vivem, e estou desfrutando do convívio com ela, que tem feito valer o esforço duma viagem fatigante em vista da inundação do aeroporto de Porto Alegre. A Marietta com certeza sou eu renascido. Ela é muito parecida comigo. Gratidão a Deus.


CAPEC, CASSI E PREVI

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Por causa de aperto financeiro e de liberação de margem para contratar ES, muito se tem falado sobre a CAPEC ultimamente aqui no blog, inclusive com afirmações equivocadas sobre tal matéria.


A CAPEC é um pecúlio, é similar a um seguro, mas não é seguro.  O montante acumulado da CAPEC é oriundo exclusivamente das contribuições dos participantes.  Os beneficiários são os cônjuges e os descendentes, em geral.  Eu pago a Capec desde 1957, quase setenta anos e tenho só de mim para a minha esposa ou, na falta dela, os filhos. Não tenho o especial, dela para mim.

Nos EEUU existem apólices que permitem negociação para recebimento em vida. Alguns colegas levantaram essa hipótese é estudos foram feitos nesse sentido sem lograr êxito, por óbices jurídicos.

O que não deve acontecer é o cancelamento da CAPEC em seu estágio final, quando a pessoa atinge idade avançada e se aproxima da morte. O valor do CAPEC em torno de 250 mil faz falta aos beneficiários. Eu faço inventários de colegas falecidos e o montante recebido serve para quitar dívidas e pagar todas as despesas do inventário.

A CASSI divulgou medidas de socorro aos colegas penalizados pelas inundações aqui no RS suspendendo a cobrança da co participação até agosto, medida que havia sido reivindicada aqui no blog.  Tem também outras providências para atenuar as dificuldades dos atingidos pelas enchentes.

Sobre a Previ existem muitas preocupações com as notícias que vem sendo divulgadas a respeito das intenções do atual Governo com a atuação dos fundos de pensão nos projetos de infraestrutura com garantia apenas de debêntures e com a flexibilidade de normas a respeito da responsabilidade de dirigentes por suas decisões em investimentos.

Além disso os números dos resultados até maio são desastrosos, já desapareceu todo o superávit e no momento amargamos déficit, com a Vale despencando na bolsa com a ação a menos de 60,00, por causa da intervenção política na empresa. 

Muito oportuna e como sempre muito bem argumentada a narrativa de Marcos Cordeiro demonstrando toda a sua preocupação com os riscos que a Previ está correndo que pode comprometer todo o patrimônio acumulado ao longo dos anos e que está a exigir ação imediata de nossas entidades.

Apesar dos meus 86 anos fui convocado pelo Carvalho para participar de. Nova empreitada para tentar evitar que o pior aconteça. Não sou de fugir da raia. 




TCHAU CHUVAS, É HORA DE RECONSTRUIR

terça-feira, 4 de junho de 2024

Hoje amanheceu um dia lindo, com sol radiante, aqui em Porto Alegre.  A previsão é de tempo bom até a próxima semana. As chuvas impertinentes foram embora por um tempo. Tchau para elas. Não deixarão saudades. Ao contrário, deixarão um rastro de destruição e de tristeza.


Mas chegou finalmente a hora de reconstruir. De reparar os estragos, físicos e emocionais, de recompor a alma amargurada e de ir para a frente do caminho da vida.

Eu tenho uma maneira de enfrentar as vicissitudes e os problemas que a vida me oferece. Quando criança eu li o livro da Poliana e me encantei com a filosofia da personagem. Ela dizia que tudo o que acontecia com ela, mesmo as coisas ruins, era para o bem dela. E não se abatia com as desgraças.  A mesma atitude da personagem principal do livro e filme O tempo e o vento, que dizia sempre que amanhã seria outro dia e que daria um jeito na vida.

Então eu penso assim. Alguns me criticam. Otimista demasiado, irrealista, sonhador. Não vê a realidade ?
Vejo sim. Participo. Nas enchentes sempre estive na linha de frente ajudando. Com meu filho Ber fizemos mais de 50 resgates de pessoas e mais de 200 de animais, cães e gatos, que sujaram todo o carro, nervosos que estavam. O meu carro sofreu um acidente. Só danos materiais. Paciência, tenho bom seguro. Não é do BB, desisti dele por causa da imensa burocracia. É da Liberty. Vi de perto a tragédia humana de quem perdeu tudo.

E agora colaboro na reconstrução. Porém vou ter que dar uma pausa. Não sou de ferro e tenho 86 anos conquistados no dia 26 de maio. Aliás, ao contrário de muita gente, continuo amando o mês de maio, apesar dos pesares.  Mas vou relaxar um pouco em Gramado. A reserva já estava feita para comemorar as bodas de 61 anos e era não reembolsável.

A sede da Afabb RS no centro de Porto Alegre está com a rua sem água. O Guaíba baixou. Mas a luz ainda não foi ligada. Aguardamos com ansiedade. Meu computador de trabalho está lá.

E a Previ continua amargando resultado deficicitario pois o Ibovespa baixou mais, caindo para 122.000 e a Vale derrubada para 61 reais. Uma conjuntura ruim, com inflação em alta e os juros certamente deixarão de baixar. E o presidente Fukunaga , conforme notícias , foi aquinhoado com mais um cargo de conselheiro bem remunerado no aeroporto de Guarulhos, por sinal uma tarefa difícil de gestão para um formado em história .Ao mesmo tempo e também relacionado a Guarulhos renúncia o diretor de investimentos da Petros, o competente Wernek.

Dias melhores virão. A esperança tem que se manter sempre viva. Até a volta.