EU NÃO ACREDITO - - NÃO SAIU A NOTA DA PREVI - CANSEI

O TEXTO É LONGO MAS NECESSÁRIO. Desculpem. Verdadeiramente estou chocado e perplexo. Não saiu nota informativa nenhuma da Previ sobre o andamento do processo de aprovação do memorando de entendimento nos órgãos governamentais e sobre o pagamento do crédito respectivo. Nem sequer confirmaram a notícia da aprovação no Ministério da Fazenda. Então, para mim, o pior aconteceu. A diretoria da Previ continua silenciosa a respeito do superavit permitindo que sejam levantadas inúmeras hipóteses e versões sobre o que está acontecendo, se é problema com os 50% do BB, se é por causa do Inss, se é por causa do imposto de renda, se é porque não há liquidez, etc. etc. Inclusive tem gente acreditando que não vai sair mais e até adoecendo em razão disso. Se algum aposentado ou pensionista tiver um enfarte ou avc será que os dirigentes da Previ vão sentir alguma dor na consciencia ? Para mim chegou ! cANSEI. Enchi o saco de novo sobre essa novela de mau gosto e mal conduzida. Hoje é a última vez que trato do superavit aqui no blog. Irritar já me irritei na semana passada com a nota insípida da Previ. Se continuar, vou ter uma coisa qualquer e não me permito adoecer por causa dessa malvadeza. Vejam bem, colegas. A diretoria da Previ não informa nada desde terça feira da semana passada, quando laconicamente disse que estava acompanhando diariamente a tramitação do processo no Ministério da Fazenda. Uma omissão lamentável. Mas o diretor Paulo Assunção publicou ontem nova carta justificando a primeira e insistindo na pressão junto às autoridades. O que deveria ter feito o diretor, em vez de proselitismo, era explicar direitinho o que está empacando o processo, quais os percalços, o porque da demora, e não se defender e atacar os que não estão de acordo com sua atitude. E´ diretor eleito da PREVI, deve ganhar, segundo se calcula, honorários mensais de R$ 44.000,00 mais vantagens para exercer seu mandato com eficiencia. Nem parece saber o que já aconteceu no Ministério da Fazenda. Está sentado aguardando o encaminhamento oficial, segundo declara. O QUE pediu eu já tinha solicitado há vários dias, que escrevessem para as autoridades, só não me animei ditar o texto porque confio na cultura e conhecimento do funcionalismo do BB. Duas das personalidades citadas por ele foram contatadas diretamente por mim. Vários outros colegas fizeram o mesmo. O que me espanta é , por exemplo, que um colega tenha até levantado a suspeita de que a primeira carta não era do diretor Paulo Assunção, de tão patética, e agora parece aplaudi-lo,achando que as pessoas estão atendendo ao apelo. Bem fez a FAABB que criticou o gesto do ex~ último chefe do Garef, que realmente procura distrair o foco e iludir alguns incautos. O que se depreende de positivo na carta do diretor Paulo Assunção é que ele informa da necessidade de fazer pressão a fim de que seja agilizado o processo e seja pago o crédito. E continua insistindo. Nesse sentido foi que propus o panelaço, aliás não foi inspiração minha mas de outros colegas, que inclusive sugeriram o dia 24 , dia do aposentado. Fiz essa proposta do panelaço no blog não de uma maneira leviana. Antes consultei pessoas reconhecidamente mais experientes, ALGUNS VENERÁVEIS. Não faço sozinho os meus projetos. Não sou individualista. E recebi o conselho de que o panelaço era necessário. Seria a pressão maior em um governo que está se iniciando. O que deveriam fazer os colegas, em vez de me criticar e me chamar de leviano, era indagar porque eu estava propondo uma medida tão drástica nesta hora , que, inclusive, exigiria sacrifício financeiro das pessoas envolvidas para viajar ao Rio. Também me disseram que colocar nariz de palhaço na cerimonia da ABRAPP seria salutar, porque lá a imprensa vai estar presente. Chegou-se à conclusão no grupo que me acompanha que está na hora de utilizar a mídia a nosso favor, sob pena de que o BB e o Governo avancem mais ainda sobre o patrimonio da Previ e de repente será tarde demais. São medidas inusitadas, inéditas, corajosas. Mas faria nascer a criança, com certeza. O crédito sairia o quanto antes. Recebi retorno do temor com o panelaço e da pressa que o anúncio dessa providencia gerou no Ministério da Fazenda. Daqui do Rio Grande do Sul, hoje à tarde completamos 53 colegas para participar do panelaço. Bem mais dos que os trinta que calculei inicialmente. Achei ótimo. Surpreendeu-me uma turma de Canoas, aqui pertinho de Porto Alegre, e outra de Caxias do Sul, bem numerosas. Pessoal engajado. Um aposentado de 88 anos, outro de 83 anos. Uma pensionista de 75 anos. Maravilhosos exemplos de disposição e de luta. Camisetas confeccionads com letreiros sugestivos: Cadê nosso superavit ? Garfaram nosso superavit. O superavit da Previ não é do BB. O meu outro espanto, porém, é que os colegas do Rio de Janeiro não aderiram à idéia. Não encontrei ninguém que organizasse e coordenasse o movimento. Alegações várias, algumas suspeitas minhas de boicote, até de interferencia da Previ, eles já tinham advertido que sem os sindicatos não sai nenhum panelaço, ASSIM COMO TEM ACONTECIDO COM O MEU BLOG. Ao superar de novo a marca das cinco mil visualizações conseguiram bloquear o meu principal endereço eletrônico e os acessos cairam para 1.500. Aguardei hoje até às 16,00 horas. Nada de concreto sobre a coordenação no Rio. Meu Deus ! NÃO ACREDITEI QUE ISSO ESTIVESSE ACONTECENDO. Desisti do movimento. Não sou dono da verdade, conforme tenho dito seguido no blog. Se os colegas, especialmente os do Rio de Janeiro, acham que a idéia não é boa, se não querem participar de um panelaço, se não aderiram, se acham arriscado, se não querem se expor, tudo bem, o panelaço não sai. Ficamos frustrados, nós os gauchos, mas, paciência, fazer o quê ? O movimento tem que ser nacional, não local ou regional. Acabamos por decidir fazer uma doação de cem reais cada um para os flagelados de Nova Friburgo comprarem água. Vai dar dez mil reais. Pouco, mas sempre ajuda. Por causa dessa postura conservadora e comodista dos aposentados e pensionistas do BB, que não se dispõem a atos mais ousados, alegando insensatez, é que os dirigentes da Previ e do BB nos tratam do jeito que estão nos tratando, com arrogância, com displicência, com desdém, sem dar conta dos seus atos ou do que está se passando. Tenho na minha mesa de trabalho um poema de Pablo Neruda que me serve de inspiração diária e que diz o seguinte: "Morre lentamente quem passa os dias queixando-se de sua má sorte ou da chuva incessante Morre lentamente quem não vira a mesa Quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos". Fico torcendo para que o superavit saia o quanto antes para aliviar o sofrimento de muitos colegas que não ganham nem um vigéssimo dos polpudos honorários dos diretores da Previ,que tem honorários muito acima da presidente da República, aqueles que alguém chamou inapropriadamente de ralé. Tenho a convicção e a consciencia tranquila de que procurei dar uma contribuição efetiva e, porque não dizer, até decisiva no episódio do superavit. Fiz tudo o que pude e esteve ao meu alcance. Em vez de ir para o Rio estou indo para a minha praia de Atlantida. Lá vou descansar, recuperar minhas energias, e de lá pretendo escrever sobre assuntos mais agradáveis e menos repetitivos. Mas continuarei alerta, cansei, mas não desisto fácil, pois a luta continua e o blog também, agora no endereço seguinte: www.medeirosrs.blogspot.com. Nesta fase derradeira de minha vida, tenho que dançar conforme a música. Infelizmente não deu samba, vou de vanerão.