ONTEM, sexta feira, dois de setembro, transmiti o cargo de presidente da AFABB RS para o Cláudio Lahorgue.
Foi uma cerimônia simples. Só estavam presentes algumas personalidades representativas do BB e de nossas entidades e os membros eleitos da diretoria, conselho deliberativo e fiscal, cerca de sessenta pessoas. É o estilo discreto e sóbrio peculiar do novo presidente.
Ufa ! Me sinto mais leve .
Enfrentei muitas dificuldades nesses quatro anos de gestão. Uma CASSI quebrada financeiramente, contingenciada e com ameaças de se ver livre dos aposentados. Uma PREVI deficitária e com uma comunicação precária com os participantes. Um BANCO DO BRASIL ganancioso e com uma relação cada vez mais distante e fria com seus ex funcionários. Um JUDICIÁRIO que tem julgado ultimamente contra direitos adquiridos e conquistas históricas dos aposentados e pensionistas, derrubando jurisprudência já consolidada, mandando devolver valores recebidos de boa fé e em caráter alimentar. Um Judiciário cujo presidente do STF rasgou a Constituição na cara de milhões de brasileiros com a maior desfaçatez.
Além disso, enfrentei uma onda que rola pela internet, nas redes sociais, contra as associações de aposentados do tipo da nossa, procurando esvazia-las, questionando suas finalidades e os resultados obtidos com sua atuação, até mesmo os eventos de confraternização.
Essas dificuldades exigiram muito trabalho. Sacrifiquei minhas horas de lazer e até a minha saúde, fazendo o possível e o impossível para buscar melhorias ou soluções em prol dos associados.
Saio com a consciência tranquila do dever cumprido e a cabeça erguida. Deixo a AFABB RS prestigiada a nível estadual - vitoriosa em todas as eleições entre os aposentados e pensionistas - e a nível nacional, como demonstram as visitas em nossa sede do presidente da Previ, da Anabb, da Faabb, da Cassi, da AAFBB, da AAPBB, e tantos outros, além da minha participação no conselho deliberativo da Previ e do Lahorgue na Anabb.
Deixo a AFABB RS saudável, administrativa e financeiramente, preparada para as adversidades que nos ameaçam no âmbito judicial e político.
Mas, concluindo, acho que meu melhor legado é deixar a AFABB RS com um clima de harmonia e paz, onde convivemos cordialmente com divergências de opiniões e de ideias, como deve ser no mundo civilizado, democraticamente, sem conflitos nem ranços que prejudicam a nossa união e entravam a nossa luta por melhorias.
Enfim, saio mais leve, para novas jornadas, em busca de novos horizontes. A vida continua. E temos que fazer ela valer a pena ser vivida, para podermos proclamar: É bonita, é bonita e é bonita !