Ontem o FMI calculou que o PIB do Brasil vai cair 9,1 por cento em 2020. É o pior resultado em 130 anos.
Então temos que nos preparar. Vai sobrar pra todo mundo. É um número aterrador.
Hoje a bolsa caiu e o dólar subiu.
Estou preocupado, sim. Eu que sempre procuro ser otimista. E perdi a confiança no posto Ipiranga, no Paulo Guedes, principalmente agora que perdeu um auxiliar reconhecidamente competente. Não, não estou me guiando pela mídia, que pode estar a serviço de interesses escusos ou políticos. Estou verificando visualmente. Comércio fechado. Empresas fechando suas portas. Parentes e amigos desempregados. Colegas desesperados. Viagens canceladas.
Aliás, o que mais acontece no Governo é a saída de membros da equipe executiva.
Não gosto de falar em política, mas não consigo compreender como em plena crise da pandemia o Ministério da Saúde ainda não tem um titular já decorrido mais de um mês. Nem uma estratégia segura.
Repito, vai sobrar pra nós. O barco está desgovernado, a deriva, no meio de uma tempestade, que o capitão avaliou como sendo uma simples gripezinha. Tem, ainda, as pragas chegando. Minha cidade natal Uruguaiana já está às voltas com nuvem de gafanhotos. Recém passou por uma seca. Arre.
E por fim a nomeação de Weintraub para diretor do banco mundial mexeu comigo, pois ele foi diretor do frustrado banco Votorantin. Os critérios para ser diretor de banco são rígidos e foram desprezados. É uma matéria que conheço bem, pois já passei por ela quando fui diretor do BADeSul.
Neste cenário, falar em retirar a contribuição para a Previ do grupo pré 67, ao qual eu pertenço, é uma temeridade, só porque os pré da Petros obtiveram essa vantagem.
As previsões sombrias estão aí. Vamos desacreditar, considera lãs exageradas, ou vamos leva lãs a sério.
Cada um é dono de seu nariz e sabe o que faz.
Mas que a coisa não tá fácil, certamente não está.