Todos sabem que sou um sonhador inveterado.
Incrivelmente mesmo os meus sonhos mais ousados terminaram se realizando. Alguns inimagináveis.
Quando entrei no BB, em 10-04-1957, nunca poderia imaginar que quase cinquenta anos depois estaria discursando numa cerimonia em São Paulo, comemorativa do centenário da Previ, na condição de presidente do conselho fiscal da entidade.
E quando assumi como conselheiro fiscal da previ com um deficit de dez bilhões de reais e nuvens negras no horizonte pós intervenção, em 2002, nunca poderia imaginar que, quatro anos depois, na conclusão do meu mandato, a Previ teria um superávit da ordem de trinta bilhões, cobiçado avidamente pelo patrocinador BB.
Às vezes a fantasia se faz realidade e existem circunstâncias difíceis que dão origem a grandes satisfações.
Walt Disney estava encarcerado quando viu um ratinho se movimentar em sua cela e em vez de enxota-lo passou a se distrair com ele. Dessa convivência nasceu o Mickey Mouse e o resultado daí foi o mega empreendimento existente em Orlando, na Florida, por muitos considerado como um sonho irrealizável.
Estou aqui, com meu neto Miguel, comprovando essa realidade e vivendo o sonho que toda criança e idoso gostaria de ter vivido, pois nada melhor que uma magia como a daqui para fazer a gente acreditar que tudo é possível se as pessoas realmente acreditarem. A Disney sempre foi um dos meus melhores e mais ansiados sonhos, uma fantasia inacreditável.
Aqui o idoso se transforma em criança outra vez e a criança desfruta de sua idade real com toda a amplitude. Aqui a gente se diverte, se emociona, se maravilha, se espanta e se delicia com os espetáculos que nos surpreendem e nos encantam a todo o momento.
E o melhor é desfrutar desses parques e desses momentos na companhia de netos e filhos !
Mas de vez em quando não posso deixar de me lembrar de nosso mundinho da Previ quando passa pela minha cabeça uma comparação desses parques esplêndidos com a insignificância inadmissível do Magik Park de Aparecida, onde desapareceram alguns milhões de nosso patrimônio e os culpados não foram até hoje devidamente penalizados nem responsabilizados pelo prejuizo.
Estou quase voltando.
Até lá.
FANTASIA OU SONHO ?
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Postado por
Medeiros
às
18:37
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7 comentários:
Aproveite!
E bom retorno, dr.Medeiros...
Abs.
Janone
Parabéns. Aproveito para perguntar-lhe se o senhor assistiu ao vídeo do Marcel. Em que afirma que há executivos do BB se aposentando acima do teto. Gostaríamos que a previ divulgasse os que estão recebendo acima do teto.
quando estiver na hora de aplicar no indice da bolsa deixe uma dica.
ÓI NÓIS SE FERRANDO T'RA VEIZ
Se sair a antecipação do reajuste dos benefícios para janeiro, o índice será 3,82%. O índice de janeiro/2013, que só incidirá em janeiro/2014, fechou em 0,92%; com a tendência de alta da inflação, o reajuste que teríamos em junho, se tudo continuasse como está, seguramente seria superior a 7%. Apesar de alguns, com as finanças estouradas, estarem torcendo para receber algumas merrecas agora, com a antecipação, acho que o mais vantajoso seria manter o próximo reajuste em junho, e implementar a antecipação em janeiro/2014.
É verdade, grande Medeiros, sonhos ajudam a viver. Mas, como você falou, mesmo nos momentos de uma distração com a família, a gente não consegue esquecer os problemas que BB/PREVI nos jogam garganta abaixo. Bom proveito prá você e famiília, bom descanso e ficamos aqui aguardando seu retorno.
Medeiros, se você puder dar sua opinião sobre o julgamento do STF sobre as ações trabalhistas contra o BB/Previ eu agradeço. Se o problema é caixa, a simples mudança de estância (da justiça trabalhista para a comum) não resolverá o problema. Será apenas um ato protelatório. E vai congestionar mais a já congestionada justiça comum. Obrigado. Celio Vilela
OLHAÍ NO QUE DEU AS PAJELANÇAS CONTÁBEIS DO BANCO DO BRASIL
Transcrito do site da ANAPAR.
Vamos ver, também, o que acontece com as contabilizações, pelo BB, de parte de nossos superávits.
Fundos: BB terá perda de R$ 4,6 bi com passivo atuarial
O Banco do Brasil terá que reconhecer em breve uma perda atuarial de R$ 7,8 bilhões, que depois de impostos deve reduzir seu patrimônio líquido em R$ 4,57 bilhões. A simulação foi divulgada pelo próprio banco, considerando dados de dezembro.
O banco ainda não sabe se terá que registrar a perda no balanço de março ou junho, uma vez que o Banco Central ainda não recepcionou a norma contábil que provoca essa mudança.
Um impacto dessa magnitude deve reduzir o índice de Basileia do banco em 0,6 ponto percentual, de 14,8% para 14,2%, sendo que o mínimo exigido pelo Banco Central é de 11%.
Assim como o BB, inúmeras empresas usavam uma metodologia chamada de "corredor" para reconhecer ganhos e perdas com assistência de saúde e planos de benefício definido de aposentadoria de empregados. Por esse sistema, as variações dessas obrigações de longo prazo eram registradas na conta de lucros e perdas, mas só quando superavam uma margem estabelecida. A diferença não registrada, normalmente de saldo maior, aparecia apenas em nota explicativa, sem entrar como ativo ou passivo.
Mas uma mudança nas regras contábeis, que passou a valer em 1º de janeiro, acabou com a possibilidade de se usar esse "colchão" para amortecer o impacto das variações. Como "contrapartida", ficou decidido que o saldo histórico não contabilizado e os futuras oscilações serão reconhecidas no balanço patrimonial (reduzindo ativos ou aumentando passivos), com efeito apenas no patrimônio líquido, e não na conta de resultados.
Por motivo semelhante a Petrobras verá seu patrimônio líquido diminuir em R$ 15 bilhões no balanço de março - nesse caso não há dúvida sobre a data porque a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já adotou oficialmente a nova norma. No Santander, o impacto líquido de impostos será de R$ R$ 2,6 bilhões.
Os valores a reconhecer são elevados principalmente pela forte redução dos juros de longo prazo do país em 2012. Para trazer a valor presente o compromisso futuro que a empresa tem com o pagamento de planos de saúde e aposentadorias de funcionários, usa-se uma taxa de desconto, que tem ligação com os juros dos títulos públicos de longo prazo. Quanto menor a taxa, maior o passivo.
No BB, a taxa em 2011 era de 6,10%, uma das maiores entre grandes empresas, e foi reduzida agora para 4,33%, em linha com o mercado. Se essa nova regra entrasse em vigor no ano passado, o BB teria um saldo positivo de R$ 2 bilhões para reconhecer. Um ano depois, com a queda do juro real, a conta inverteu de sinal e ficou negativa em R$ 7,8 bilhões.
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