VIAGEM A RIVERA NO URUGUAI

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pode ser que alguém não saiba que Rivera fique no Uruguai e faça fronteira direta com Livramento no Brasil, estabelecendo o que se chama de fronteira seca. As duas cidades estão irmãmente juntas, separadas apenas por uma rua ou praça.

Quando o dólar sobe fica bom para os uruguaios comprarem no Brasil. Quando desce, como agora acontece, a festa é dos brasileiros que correm para os free-shops.

Realmente, os preços estão tentadores, principalmente para os perfumes, cosméticos, bebidas e eletros. Máquinas de fotografias também.

Nas sextas-feiras e sábados o comércio fica entupido de gente, com filas enormes e muita dificuldade de atendimento nas caixas.

Não tive problemas de aduana. Quando passei de automóvel, cerca das 7,30 horas, a aduana estava fechada e a polícia rodoviária também. As vezes me disseram que eles dão uma incerta nas estradas.

Parei no hotel Portal, em Livramento, como sempre. Desta vez não gostei do serviço. A diária estava em R$ 160,00 por casal, em quarto superior. Alguns me disseram que estão indo se hospedar em Rivera no hotel Nuevo, fica mais em conta e mais próximo do comércio.

Comi parrila no La Picaña, todo reformado, os garçons vestidos de ciganos (?). Gostava mais quando era mais pobre e mais honesto. O garçom quis nos empurrar carne para um batalhão comer, ao contrário de outra parrillada onde o garçom foi honesto, situada defronte à praça internacional.

À noite fomos em novo point situado na calle principal porém longe do centro comercial, los girasoles, também pizzeria, muito bom.

Chamou minha atenção que um grupo vestido com as conhecidas camisetas do MST estava fazendo compras nas lojas sofisticadas de Rivera. Não é que não possam, mas em princípio não deveriam ter condições pois alegam pobreza e falta de recursos para a própria sobrevivência. Assisti quando um deles explicou para o vendedor que eram simples agricultores sem terra, mas não eram pobres diabos. Tinham dinheiro. Interessante. No mínimo deveriam ter ido sem nada que os identificasse. Acho eu, mas não entendo dessas coisas de reforma agrária e exclusão social. Aí fica só o registro para as pessoas analisarem até a título de curiosidade. Será que queriam chocar ou ser notados?

Caiu um vendaval. Chuvas fortes que poderiam alcançar até cem milímetros. Alerta máximo no Uruguai para tormentas. A natureza anda violenta e mandando recados. Naquela zona foi grande o plantio de eucaliptos e árvores para as indústrias do papel e celulose. Há desequilíbrio ecológico. Onde vamos parar? O filme 2012 e as catástrofes anunciadas pelo calendário maia, que conheci ano passado no Mexico, onde fui visitar minha neta, estão causando sensação e apreensão.

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