EMPRÉSTIMO SIMPLES E CASSI

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Nesses dias que antecedem à minha posse na presidência da AFABB RS de novo tenho recebido inúmeros emails contendo sugestões e demandas sobre assuntos que afetam às pensionistas e aposentados do BB.

Tenho anotado todos para organizar minha lista de prioridades.

Mas não tem dúvidas de que dois predominam. Melhoria para o ES da Previ e melhoria no atendimento da CASSI.

Quanto ao ES existem várias sugestões que merecem análise e podem significar um avanço nessa questão que aflige um número grande de participantes, que só conseguem superar suas dificuldades financeiras mediante o equacionamento e a administração do seu endividamento.  Vivem numa saia justa e contam sempre com o ES para enfrentar o sufoco.  Uma dessas sugestões é do ilustre colega de Joinville, Carlos Valentim.  Outras sugestões propõem alongamento do prazo e eliminação de algumas deduções do cálculo, como , por exemplo, da contribuição para a CASSI. Outros não concordam com as restrições e sanções impostas aos octogenários.

Quanto à CASSI a listagem de queixas é grande.  Sou solidário com os reclamantes, pois sinto na própria carne os problemas e o mau atendimento.

Nesta semana a minha esposa necessitou um medicamento para seu tratamento da psoríasis. A CASSI demorou uma semana para liberar o medicamento por causa da burocracia. Quando liberou a PANVEL informou que o medicamento havia se esgotado, não possuía mais estoque, havia entrado em contato com o distribuidor. Há tres dias tinha, mas agora não tinha mais.  Minha esposa ligou para a AGAFARMA que informou que tinha.  A PANVEL manteve sua posição.Só quando o distribuidor fornecer. Tem que esperar. Parece que agora só em dezembro. Pode ? Minha esposa ligou para a CASSI, não podia interromper o tratamento.  Prometeram intervir.  Nada. Nenhuma resposta.  Liguei para o gerente regional.  Estava em reunião.  Vai ligar de volta. Nada.Até agora nadica de nada. Depois reclamam quando os participantes entram com ação judicial contra a CASSI. Desse jeito é o que vai terminar acontecendo comigo.

Em meu entendimento a CASSI, por si só, em virtude de suas deficiencias, justifica a existência das AFABBs estaduais para intervir na solução dos problemas e demandas que acometem aos associados a todo instante. A AFABB serve de canal e de veículo, que alimenta ao conselho de usuários.

Acho que vou ter muito trabalho na presidencia da AFABB RS nesse tocante.

A diretora Graça Machado disse em Camboriu que lia os blogs.

Vou aguardar;




CENÁRIO SOMBRIO ?

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A minha posse na presid ência da AFABB RS se aproxima. Será no dia 3 de setembro, às 16,00 horas, segunda feira, primeiro dia útil do mes de setembro, conforme reza os estatutos sociais.

Como todos sabem, sou um otimista. Espero sempre o melhor. Conto com a sorte.Sou jogador. Por causa desse ânimo é que tenho ganhado alguns torneios, como aconteceu na semana passada em Gramado quando fui campeão do torneio de biriba. Creiam, não é tarefa fácil derrotar consagradas jogadoras de cartas,  que praticam quase que diariamente.

Isso não quer dizer, porém, que eu não avalie o cenário onde atuo e que, às vezes, não me asssuste com as nuvens negras e sombrias que se apresentam no horizonte anunciando tempestades ou até furacões como o Isaac.

O panorama que nos cerca neste momento não me agrada e me preocupa. E´ um cenário tormentoso, exigindo cautela. E não é por causa da reportagem da revista Exame.

Em meu modesto entendimento existem muitos interesses em jogo neste momento e o confronto de forças está sendo medido para clarear o rumo dos acontecimentos.  As estratégias estão sendo testadas e sendo arregimentadas as armas para o enfrentamento.

De um lado os participantes dos fundos de pensão, cuja maior força está no voto, que os aposentados teimam em não exercer com plenitude, não se mobilizando nem comparecendo nos pleitos de maneira expressiva.  De outro lado os dirigentes dos fundos de pensão e os patrocinadores, que se deram conta do poder que dispõem e dos resultados que podem auferir na apropriação dos recursos existentes.  Um confronto gigantesco, que passou a ser perdido pelos participantes em 2006, quando a questão do superávit tomou relevância e aguçou os apetites.

Para conquistar seus objetivos os patrocinadores e seus representantes tomaram diversas providencias, entre as quais a sedução do Judiciário para seus argumentos de que os participantes com suas demandas iriam quebrar os fundos, conseguindo vitórias em ações como a da cesta alimentação e renda certa, bem como no CGPC com a famigerada resolução 26 que permitiu a apropriação de 50% do superávit, e instalando a lei da mordaça.

Mas para mim a arma principal utilizada foi a de gerar confusão e desunião no seio dos participantes dos fundos de pensão, fazendo com que as forças de oposição se dividissem e se consumissem em discórdias e desavenças, desviando-se do foco principal. Esse clima que foi plantado e ingenuamente absorvido em nosso meio, por dirigentes desavisados, causa um enorme, um incomensurável prejuízo para que pudéssemos atingir os nossos objetivos básicos e justos.

Por causa desse cenário sombrio e complicado, onde se recebe bala de tudo quanto é lado, da frente, dos lados e de trás, é que é difícil encontrar um presidente para dirigir uma associação de aposentados, o que se propunha a ser desiste na última hora, ninguém está disposto a se incomodar e a sofrer retaliação nessa fase da vida. Uma pena !

Sobrou de novo para mim essa missão. Não fui convidado. Fui convocado.Era uma situação de emergência. Me deixaram no mato sem cachorro, nesse cenário sombrio e tormentoso. Sabem que a gente de Uruguaiana não é de fugir da raia. Vou enfrentar a parada. Sei que é dura e feia. Conto com o apoio de colegas leais e dedicados, um deles do Alegrete, além da sorte. E continuo otimista, alimentando sonhos.

 Estarei errado ou ferrado ? Alea jacta est.



NÃO SOU PUXA SACO

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Houve colega que, em comentário feito na postagem em que elogio a disposição para o diálogo dos novos diretores da PREVI e da CASSI, me chamou de puxa saco e disse que, bastou eu ser indicado para a Presidencia da AFABB RS, que eu mudei de lado.

Certamente o colega não me conhece e não sabe de minha história.

Além disso acho que o colega não acredita que o diálogo seja possível para a resolução de alguns problemas que nos afligem.  Só crê em jogar pedras, em ações na Justiça, em brigar.

Não é bem assim.

Um presidente de associação tem que se conduzir habilmente e zelar pelo bom relacionamento com entidades e diretores, sem com isso abdicar de seus princípios e de seus ideais.Tem que engolir sapos com frequencia. Faz parte do ofício.

Quando fui presidente anteriormente, de 2004 a 2006, tive a satisfação de resolver inúmeros problemas dos associados da AFABB RS através do diálogo e da negociação.

Por exemplo, consegui resolver 172 casos de associados na CARIM, intermediando negociação e conseguindo encontrar uma fórmula exequível para as dívidas.  Só não solucionei alguns casos de associados que se recusaram a transigir radicalmente nos valores e preferiram ajuizar ações judiciais por escrit´orio de advocacia de Santa Catarina, que ainda perduram.

Igualmente aconteceu na CASSI.  Quando assumi a presidencia existiam cerca de 40 pendências, que, graças à gerente regional Vilma, consegui limpar integralmente, solucionando todos os casos sem necessidade de ajuizamento.

Houve situações em que precisei intervir energicamente.  Numa ocasião um associado me telefonou do corredor do hospital às 10,00 horas afirmando que desde às 6,00 estava em jejum aguardando no corredor uma cirurgia cardíaca. Falou que estava passando mal, achava que estava tendo um enfarte e ia morrer. Tive que me mobilizar rapidamente e o colega foi atendido com urgencia e foi salvo. Quando me encontra me beija com emoção e diz que deve a vida. Coisas do ofício.

Portanto, cada situação exige um encaminhamento.  Mas o processo todo se inicia com um entendimento e uma tentativa de concórdia e de harmonia.

Deploro os dirigentes que não aceitam críticas nem contradições.  Acham que crítica ofende. E´ uma escola que existe na PREVI, onde alguns diretores arrogantes acham que só eles sabem e que os participantes são ignorantes e não tem o direito de contestar nem de perguntar. Estão errados. Tem que revisar essa postura. O debate só constrói e leva à transparencia quando feito com seriedade e boas intenções.

Por isso estou elogiando a postura inicial dos diretores eleitos.

Aguardo que essa postura continue e não seja apenas uma ilusão inicial.

E espero que os colegas compreendam que a minha postura é coerente com o cargo para o qual fui convocado de novo e que me impõe deveres e sacrifícios juntamente com a satisfação de prestar serviços à comunidade do Banco do Brasil.

Decididamente não sou puxa saco.  Não faz o meu gênero.



GRAMADO

domingo, 26 de agosto de 2012

Estive na serra gaucha no final de semana participando da excursão anual da AABB Porto Alegre.

Há muitos anos Ana e eu  vamos em agosto com o pessoal da AABB-POA à Gramado.

Antigamente eu participava do torneio de tênis, que agora não tem mais.

Sobrou. então, o torneio de biriba.  Ana foi campeã no ano passado e este ano a láurea tocou para mim. Não foi a primeira vez.

Na sexta feira de noite houve o tradicional jantar no restaurante da VANI, famosa pelas lasanhas.

O ponto alto da festa, porém, foi o conjunto musical formado pelos "prata da casa".  Ramires, Roberto, Basilio e Celso Campos, ajudados pelo Nóia e pelo Luizinho, deram um show de música e de canto .Entrei de peru como batuqueiro.  Na dança o casal Marlize e Jorge Krieger de Mello foram o destaque da noite. O Braulio, por sua vez, deu o costumeiro show de tangos parecendo um cantante portenho.

O evento me faz pensar em algumas coisas.

Primeiramente não posso deixar de registrar que antigamente, nas primeiras excursões, nosso padrão de qualidade era melhor. Talvez em virtude de que o Caburé, responsável pelos seguros da AABB,  ajudava a patrocinar e subsidiava. Ou talvez por causa da perda de nosso poder aquisitivo.

Nosso hotel era, então, o Serra Azul, cinco estrelas.  Hoje é o Gramado Palace, tres estrelas. Situado num belo parque, seu atendimento deixa a desejar.

Em segundo lugar não posso deixar de notar a ausencia de vários colegas que faleceram ou que estão enfermos ou velhos.  Colegas que faziam a festa ficar mais divertida e alegre, como o Anezio, por exemplo. Lá estava um dos seus filhos.

Ainda bem que no timão continua firme o Luizinho Lemos Velho, responsável pela excursão.

A saúde na terceira idade é um limitador relevante de nossas atividades.  Onde a saúde complica tudo fica mais difícil.  O esporte não pode mais ser praticado.  O tênis é substituido pelo ping pong ou pelo bilhar, ou pelo jogo de cartas.  A dança fica mais lenta. A comida mais seletiva. De noite a sopa de capeletti passa a dominar o churrasco e o galeto. Ninguem quer arriscar.

De minha parte tive uma crise renal. Talvez uma passagem de cálculo. Vou averiguar. Não passei imune pela serra desta vez. Quase entrei em pânico mas já estou de volta a Porto Alegre em paz e em segurança no meu lar. Acho que não aguentei a queda da temperatura de 30 º para 5 º em menos de 24 horas.

De resto Gramado e Canela estão em franco progresso. Construções e obras por todo o lado. Pousadas e hoteis sendo inaugurados.  Lojas e restaurantes cheios de turistas.  Jardins bem cuidados e flores por todo o lado, azaleías se abrindo com achegada do calor e da primavera, ipês, bocas e lobo, amor perfeito.  Ainda não é época das hortencias.

Gramado e Canela merecem uma visita. São um orgulho para nós, gauchos.  Um exemplo de que é possível construir em cima de sonhos. E o Banco do Brasil foi um instrumento valioso dessa construção.  Um parceiro desse progresso.

NOVOS DIRETORES DA PREVI E CASSI ESTÃO VALORIZANDO O DIÁLOGO

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Estou gostando muito da disposição de diálogo e de debate dos novos diretores da PREVI e da CASSI, Marcel e Mirian.

Ontem à noite, no meio do jogo dramático do Gremio e Coritiba, ligou-me de Brasilia a Mirian, de seu gabinete da CASSI, onde ainda se encontrava trabalhando, para comentar uma observação feita por mim no blog, esclarecendo que a decisão sobre a cobrança da co participação foi realmente do colegiado da CASSI e anterior à sua posse. Não foi decisão individual sua, embora o assunto pertença à sua área.  Eu já havia feito esse esclarecimento no blog.

Por sua vez o diretor Marcel respondeu a telefonema do Ari Zanella, que reproduziu as informações prestadas pelo diretor em seu blog, sobre o ES e sobre o BET, principalmente.

Chamou-me atenção que o diretor Marcel Barros se referiu que o novo ponto de equilíbrio para assegurar o pagamento do BET é de 60.000 do Ibovespa e não mais de 57.000, como era no ano passado.  O aumento teria sido devido ao reajuste de junho e aumento de aposentadorias.

Não tenho dados suficientes e atualizados para refazer meus cálculos, nem pretendo questionar o número do diretor, mas acho que esse aumento é um tanto elevado. Prefiro trabalhar com um ponto de equilíbrio na ordem de 58.500.

A Bolsa está em um bom momento. O FED está ajudando e as eleições americanas também. No Brasil o segundo semestre do ano será melhor do que o primeiro, que foi de desaquecimento. Aguarda-se que ainda nesta semana o índice do Ibovespa chegue aos almejados 60.000.

De qualquer maneira, como bem acentuou o diretor Marcel, o que nos interessa com relação ao BET é a posição da bolsa no dia 31 de dezembro e as projeções , por enquanto, são boas.

Oxalá !

RECORDAÇÕES DO BB

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tem gente que não gosta de reviver o passado.  Prefere só olhar para a frente e viver o momento presente.

Eu não.  Eu gosto de história, gosto de recordar os bons momentos que passei, gosto de nostalgia. Faz bem para a minha alma, revigora os meus sentimentos e me dá uma nova energia.

Cada um, cada um.

Talvez tenha sido porque vivi hora de terror num acidente de avião e em poucos segundos a minha vida passou correndo pela minha consciencia, ficando marcados apenas os momentos bons.

Por que deixar para lembrar deles apenas em situação de perigo extremo ?

Na assembléia que aprovou por aclamação a nossa chapa para gerir a AFABB RS no período de 2012 a 2014, estavam vários colegas que me proporcionaram velhas recordações do tempo que iniciei minha carreira no BB em Uruguaiana, onde tomei posse em 11 de abril de 1957, na cargo de auxiliar de escriturário, com 18 anos de idade.


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Foi muito bom ver a figura do colega Glicério Midon, que foi quem me recepcionou no banco, pois era o responsável pelo setor do funcionalismo na época.  Me fez assinar o termo de posse, me entregou alguns documentos importantes para guardar por toda a vida, me fez prestar um juramento de bem servir o banco com a mão direita em cima da CIC, me disse que a partir daquele instante eu era responsável por guardar a chave do balanço e que tratasse de dar um jeito de encontra-la, pois estava em lugar incerto e não sabido.

Estava presente também na assembléia o Adi Castro Jorgens que passou no mesmo concurso mas tomou posse em Quaraí.  O Adi mais tarde foi gerente em Uruguaiana.

Quando é que eu ia imaginar que passados tantos anos,  55 anos, estaria na presença deles numa cerimonia envolvendo funcionários aposentados do BB.  Nunca na vida.

Também me emocionou a presença do Emery Buratto, com 91 anos, lúcido e forte, ele que era sub gerente da Agencia Centro de Porto Alegre quando eu me desloquei de Uruguaiana para a Capital. Mais tarde trabalhamos juntos no Badesul, no período de 1975 a 1980, ele , então, já aposentado do BB.

São fatos e circunstancias como esses que me fazem pensar nos enigmas do destino e nas voltas que a vida dá, fazendo com que amizades e relacionamentos não se percam na voragem do tempo, sustentados por raízes fortes dos princípios que vigoravam no saudoso Banco do Brasil.

RESPONSABILIZAÇÃO

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Acho que um dos capítulos mais importantes na área administrativa em nosso país, tal seja a responsabilização dos gestores por seus atos ou omisões, está, há muito tempo, relegado a um plano secundário, com graves consequencias para os participantes de fundos de pensão ou acionistas de grandes empresas.

Em meu livro sobre O CONSELHO FISCAL NAS EMPRESAS E FUNDOS DE PENSÃO, um dos poucos que abordam o instituto, chamo atenção para a responsabilidade dos conselheiros e para a penalização a que estão sujeitos caso não apontem as irregularidades e apresentem sugestões para regulariza-las. Em algumas palestras que fiz notei que o tema causou um mal estar generalizado.

Na certeza da impunidade e de seus cochilos passarem em brancas nuvens, os administradores e conselheiros continuam a sua trajetória de passividade e omissão, prejudicando os interesses de quem lhes confiou a tarefa de fiscalizar.

Essas observações acontecem em virtude do assunto sobre a cobrança da co participação na CASSI, que hoje se inicia em nossos holerites, atrasados de cerca de dez anos, que vem sem correção monetária e juros, por causa de que a culpa pela inadimplencia é da CASSI, que deixou de efetuar a cobrança na época devida por inconsistência de seus sistemas.

Se não houve a atualização dos débitos, que somaram 38 milhões, então a CASSI amargou prejuízo considerável, que, de acordo com as normas jurídicas pertinentes, deve ser imputado a quem deu causa ao problema, a quem, tendo a obrigação de cobrar ou apontar a falha publicamente, deixou de faze-lo em tempo hábil.

Não se trata aqui de caça às bruxas, mas simplesmente de colocar em ação um princípio esquecido e útil, o de responsabilização dos gestores.

A CASSI tem a obrigação de dar uma satisfação a respeito a todo o seu quadro social.  Não pode compactuar com essa nódoa, que compromete a credibilidade de seus sistemas de controle e a equidade no tratamento dos recursos que estão sob a responsabilidade dos seus gestores.

Quem vai ser responsabilizado pelo prejuízo ?  Quem deixou de cobrar no devido tempo e por que ?

DIRETORA DA CASSI FALA SOBRE CO PARTICIPAÇÃO

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Conforme anunciei no blog a diretora da CASSI,  Mirian Fochi, esteve na AFABB RS esta manhã. Veio acompanhada do gerente regional, Aldo, e do Conselheiro Deliberativo, recentemente eleito, Tremarin.

A visita foi uma cortesia da diretora.  O objetivo foi o de agradecer o convite para a posse da nova diretoria no dia 3 de setembro, da qual sou o presidente.  Infelizmente, ao contrário do diretor da Previ, Marcel Barros, que confirmou a presença, não poderá vir em virtude de compromisso anteriormente assumido em Fortaleza.

Mas a diretora, gentilmente, se dispôs a conversar sobre a CASSI, em clima amistoso e franco, registrando suas primeiras impressões sobre a gestão que se inicia e propondo uma parceria com a AFABB RS para o equacionamento dos problemas que afligem os associados da nossa Caixa de Assistencia no Rio Grande do Sul.


Gostaria de registrar que aplaudo essa postura da nova diretora de dialogar com as associações e entidades representativas do funcionalismo do BB.  Mesmo que hajam discordâncias e divergências, esse diálogo e o contato é muito bom para a compreensão das matérias em discussão, podendo evitar conflitos e desgastes, às vezes desnecessários.  Esperamos que essa postura continue e não seja apagada no curso da caminhada, como tem acontecido com outros diretores da CASSI e da PREVI, infelizmente.

Foram tratados diversos temas. Um deles foi o da polêmica decisão de cobrança da co-participação que se iniciará no dia 20 de agosto em nosso holerite.

O assunto pertence à  area da diretora Mirian Fochi.

Foi constatado um débito de 38 milhões relativo a co participação dos associados em consultas, especialmente em casos envolvendo a utilização de pronto socorro.  Essa responsabilidade dos associados por consultas era anterior à reforma estatutária que criou a co participação sobre procedimentos.

Cerca de 92% dos devedores possuem valores inferiores a R$ 1.200,00. Nos 8% restantes existem devedores com dívida de até R$ 10.000,00.

No dia 20 de agosto serão cobrados todos os que devem até R$ 50,00.  Em outubro começará a cobrança dos que sobraram, mediante parcelamento.

Não estão sendo cobrados juros nem correção monetária porque a culpa pela inadimplência não é dos associados mas sim da CASSI, que deixou de cobrar na época apropriada.

Fiz duas colocações para a diretora Mirian Fochi.  A primeira foi a surpresa em constatar que essa verba vem desde 2002, se acumulando, sem que os órgãos competentes da CASSI se manifestassem a respeito, entre os quais a auditoria interna e externa, e principalmente o Conselho Fiscal, com total desconhecimento por parte do corpo social. Esse aspecto me deixa tremendamentre desconfortável e inseguro a respeito da consistência das contas da CASSI.

A segunda, como velho advogado, a respeito da prescrição dessa dívida, que vem, em alguns casos, há quase dez anos.  Acho que não se aplica a prescrição de dez anos, mas sim a de cinco anos. Que falem os especialistas ...

O Lahorgue, por sua vez, colocou sobre a memória a respeito do fato gerador. Nessa altura o pretenso devedor não se lembrará direito do que aconteceu nem deve ter guardado a documentação competente, que se aconselha fique no máximo disponível por cinco anos.

Essas circunstâncias deixam o assunto muito polêmico, mais uma questão a tirar o sono dos aposentados e pensionistas, que, justamente por serem velhos e doentes, não gostam de serem surpreendidos por más notícias, ainda mais de ordem financeira.

Vamos acompanhar a evolução dos acontecimentos. Como sempre, muitos vão pagar sem questionar, talvez nem se darão conta da cobrança do débito, que está sendo inserido de mansinho, sem maior alarde.  Não saberíamos se a Contraf / Cut não tivesse denunciado.  Outros vão se revoltar e reclamar, talvez até judicialmente. Uma minoria vai exigir apuração de responsabilidades.

De minha parte, fiquei pasmo.  Prometo reagir.

De qualquer maneira, agradeço as informações objetivas e francas prestadas pela diretora Mirian Fochi.

E´ o blog do Medeiros de novo prestando informação a tempo presente e diretamente da fonte.

Voltei !


CO PARTICIPAÇÃO NA CASSI

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A questão da co participação dos associados no custeio de alguns procedimentos na CASSI gerou grande celeuma numa das últimas alterações estatutárias.

Na época a alegação do BB e dos defensores da co participação é de que os valores em jogo eram ínfimos e não comprometeriam grandemente as finanças dos associados da CASSI.

Esse assunto depois caiu no olvido e não constou sequer nos relatórios anuais da CASSI.

O presidente Lahorgue não conseguiu identificar a rubrica nos balanços da CASSI e indagou a respeito na reunião de Camboriú.  Os presentes não dispunham de dados.

Chamou atenção uma notícia divulgada há pouco de que a CONTRAF/CUT está reclamando de uma cobrança que será efetuada na folha de agosto, dia 20, relativaamente a co participação na CASSI, envolvendo valores antigos e atrasados, que teriam deixado de serem cobrados dos associados em virtude de inconsistencia do sistema.

Numa reunião do conselho deliberativo da CASSI os indicados pelo BB teriam querido acrescentar a correção monetária e multa em cima desses valores de co participação mas os eleitos não permitiram.

Trata-se de assunto estranho e perigoso.

Alguns levantaram a questão de que essa cobrança só surgiu agora depois da eleição e posse dos novos dirigentes. Por que ?

Outros de que ninguem pode ser penalizado por culpa de inconsistencia do sistema. Aliás, um sistema inconsistente deixa todo mundo com medo de vulnerabilidade.

Por que o conselho fiscal nunca chamou atenção para o assunto ?

A nova diretora da Cassi, Mirian Focchi informou em Camboriú que estaria em Porto ALegre nesta sexta feira, dia 17, e que às 11,00 horas faria uma visita à AFABB-RS.  Se tal se confirmar, vamos indagar e procurar esclarecer o assunto.

Sermos surpreendidos no dia 20 com uma cobrança de co participação é que não me parece correto. Voces não acham ?

AS VIRTUDES DO MEU AVÔ

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Gostaria de compartilhar com todos vocês as belas palavras que recebi de presente de minha querida neta PAOLA no dia dos pais e que muito me emocionaram. Dessa maneira o que pretendo é estender essa homenagem a todos os avôs do blog que abrigam netos debaixo de suas asas protetoras, pois as virtudes certamente são idênticas as abordadas por minha neta.

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"Procurei palavras, frases, e textos para me inspirar a escrever algo sobre meu avô, busquei em momentos do passado algo que pudesse relatar um sentimento tão grande, que sempre que pensava, via que não me bastaria apenas palavras.

Mas eu escolhi presenteá-lo com estas nesse dia dos pais, palavras das quais sei desde minha primeira carta remetida a ele, o quanto lhe agrada. Decidi presenteá-lo no dia dos pais, porque avô, também é pai duas vezes, porque meu avô se encarrega de cumprir este papel com todo seu significado, o de pai duas vezes. Pai que ama e mima como a tarefa de um avô, mas também é o pai que cuida e aconselha, que briga e que nos endireita, querendo sempre, nos fazer melhor para o futuro.

Pai duas vezes, não é uma tarefa fácil, seria por minhas palavras, um pai de metades. Metade de semanadas, de viagens, de samba e cerveja. Metade de advertências, de conselhos sábios e de mandamentos. “Paola tu sabes o significado disso?” Ele sempre me pergunta, e ai vem história, vêm ordens, vem conteúdo acima de tudo. Na minha busca de palavras, eu cheguei a uma que se encaixou perfeitamente aonde eu queria chegar. Eu te pergunto então:


“Vô sabes o significado da palavra virtude?”
Eu sei. Virtude é uma qualidade moral particular e vem do grego e latim. Virtude é a disposição de um indivíduo de praticar o bem, assim como toda tua disposição de me acolher e me ensinar o melhor caminho sempre. A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Virtude, segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem, e elas se aperfeiçoam com o hábito. As virtudes do meu avô é saber aconselhar mimando, é passar força, união, coragem e poder de agir.
Outro símbolo que demonstra essas virtudes,é a sua casa. Um lar que construiu junto com a avó, junto com a clão, junto com os filhos genros, netos e cachorrinhos. E seja no almoço de sábado ou no ano novo na casa da praia isto demonstra e reforça a união que transmitiste. Pois o lar de vocês sempre foi o lar de todos. Sem exceção, acolheu a todos, família, amigos de infância, namorados e até amigos estrangeiros.
Sou muito grata hoje, por ter tido essa virtude, de conviver todos os dias contigo. O destino me jogou pra ti, tu me acolheste com todas as tuas virtudes, com todo teu carinho, educação e todos os teus muitos conselhos. Neste dia dos pais, eu te desejo toda felicidade, eu te agradeço por ser quem tu és pra mim, por seu meu pai de metades, meu pai duas vezes, meu herói por mais clichê que isso pareça e por acima de tudo me passar todas as tuas virtudes todos os dias.
Obrigada vô
Beijos,
Paola Medeiros "

A CASSI E O BLOG

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Não tenho me ocupado no blog de comentar sobre os problemas da CASSI.

Meu foco tem sido a PREVI até porque foi lá que desempenhei a função de conselheiro fiscal de 2002 a 2006. E tenho orgulho de dizer que nesse período o BB não se apropriou de nenhum recurso da PREVI e ganhamos o IGPDI pleno.

Mas considero a CASSI um assunto importante em nossas vidas de aposentados e pensionistas. A saúde é um tópico relevante na chamada maior e melhor idade.

Na reunião de Camboriú a CASSI foi debatida exaustivamente pelas duas diretoras eleitas que lá compareceram, a Mirian Focchi e a Graça Machado.  O blog do Ari Zanella faz um relato fiel do que aconteceu. Pode ser acessado na aba do meu blog.

Em certa altura a diretora Graça Machado criticou as informações deturpadas que circulam pela internet e pelas redes sociais, a maioria delas antiquadas e ultrapassadas, em seu entendimento. Contou a diretora que tem um assessor que se encarrega de reunir tudo o que sai na internet para seu conhecimento e tomada de providencias.

Foi, então, que tomei da palavra e lhe comuniquei que, em vista dessa informação, o blog do Medeiros passaria a tratar de assuntos da CASSI, na certeza de que chegaria a ela a matéria abordada no blog, assim como chega na PREVI, onde o blog é monitorado, segundo já foi comprovado.

Como a diretora Mirian Focchi estava presente e demonstrou que está com todo o gás para o desempenho de seu cargo, acho que também se valerá do blog para tomar conhecimento de reclamações, eventuais críticas, reivindicações, reparos e sugestões de melhorias, enfim, um feed back necessário para qualquer administrador que se preze exercer com plenitude sua função.

Dessa maneira, vamos postar mais adiante alguns assuntos que dizem respeito à CASSI e que nos incomodam, como a questão da qualidade e quantidade da rede credenciada de médicos, os preços dos medicamentos, as clínicas CASSI, as ações judiciais que são impetradas em São Paulo, Bahia e Rio, e outros assuntos.

A idéia é , como sempre, de ajudar a melhorar o nosso padrão de atendimento e que sejam respeitados os nossos direitos e anseios.

Aqui no Rio Grande do Sul o conselho de usuários funciona bem, sob a coordenação de Maeda, nosso colega e conselheiro da AFABB=RS, autor da idéia do facilitador e entusiasta do trabalho que realiza na CASSI.

Aguardem nossas próximas postagens sobre a CASSI.

Nesse ínterim gostaria de ouvir alguns comentários de voces a respeito da Cassi.

Como diz o anonimus gourmet, VOLTAREMOS.


DIA DOS PAIS E DO ADVOGADO

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Amanhã, 11 de agosto, é o dia do ADVOGADO.

Antigamente era o dia do PINDURA, mas essa instituição não existe mais. Os donos dos bares e restaurantes alegam que iriam à falência, tal o número de advogados existente.

Parabéns a todos os advogados que labutam procurando honrar o juramento que fizeram no dia da formatura, de trabalhar com ética em pról do Direito e da Justiça.

Depois de amanhã é o dia dos pais, um tanto banalizado pela exploração comercial, mas, sem dúvida, ainda uma data importante no calendário.

Diz o poeta que ser mãe é padecer no paraiso.

E o que é ser pai nos dias turbulentos de hoje ?  Dias esses em que os pais só se tranquilizam quando os filhos chegam em casa do colégio, das festas, das baladas, dos jogos e dos compromissos.

A paternidade, sem dúvida, é uma dádiva, mas traz consigo uma imensa responsabilidade.

Os avós ajudam naquilo que podem, às vezes com sacrifício.

Admiro imensamente os pais DE HOJE que enfrentam a sua árdua missão com galhardia e coragem.

Para mim são verdadeiros heróis do cotidiano, heróis anônimos, mas heróis, sim.

Minha gratidão e saudade também dos pais, como o meu, que já se foram para a eternidade.

Enfim, PARABÉNS SINCEROS A TODOS OS PAIS QUE FREQUENTAM AO BLOG DO MEDEIROS.

VAMOS QUE VAMOS !

REPÚDIO AO SUPERÁVIT PARA O BB EM CAMBORIÚ

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

As associações de aposentados que realizaram o encontro de Camboriú decidiram enviar carta manifesto ao novo presidente da Previ repudiando a distribuição de cinquenta por cento do superávit da Previ para o patrocinador Banco do Brasil.

Essa correspondencia foi assinada pelos presidentes das AFABBs do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Joinville e Itapema.

O texto está disponibilizado no site de cada uma das associações e já foi distribuido pela internet.

A idéia é deixar claro ao presidente de nosso fundo de pensão o  posicionamento firme dos participantes, aposentados e pensionistas, a respeito da matéria.  O superávit é dos participantes. Estamos dispostos a lutar por ele de todas as maneiras.  Novas ações judiciais estão sendo estudadas e serão ajuizadas se continuar essa absurda apropriação por parte do BB.

Os critérios e premissas contábeis estabelecidas recentemente em Basiléia III condenam tais manobras contábeis na conta de aferição de resultados das empresas patrocinadoras de fundos de pensão.

O mais grave que existe na minuta da retirada de patrocínio é o reconhecimento da resolução 26 em um de seus artigos mais polêmicos.

Sabemos que os futuros balanços do BB estão sendo revisados e esses novos critérios internacionais poderão vir a derrubar resultados.

A VALE já teve uma perda de 50% com relação ao trimestre passado.  A PETROBRAS apresentou o primeiro prejuízo de sua história. Houveram ajustes contábeis nelas. Existe expectativa com relação ao BB.

Não podemos deixar a peteca cair nessa questão do superávit.  Houve uma tentativa de distrair as nossas atenções com a retirada do patrocínio, desviando o foco de nossas discussões.  Mas lá no meio estava a consolidação do golpe sobre o nosso superávit.

Não vamos cair nessa.

O superávit é nosso.  A reunião de Camboriú deixou claro esse conceito.  Ninguém foi contra.

O superávit da Previ não é do BB.  E´ dos participantes do fundo.

Vamos nos mobilizar na defesa do que é nosso.

VOTO DE MINERVA

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Na reunião de Camboriú o diretor de seguridade da Previ, Marcel de Barros, acentuou que a administração da Previ é compartilhada com o BB , que detém o voto de minerva em caso de empate, de maneira que fica difícil aprovar qualquer matéria que contrarie ao nosso patrocinador.

Em função dessa dificuldade é que ele pediu a nossa compreensão para suas limitações e o nosso apoio para o projeto legislativo do deputado Berzoini, que propõe alterações na lei 109, terminando com o voto de minerva e com a distribuição de 50% do superávit para os patrocinadores dos fundos de pensão.

Tudo bem. Devemos apoiar qualquer iniciativa que leve a nocaute o voto de minerva, mas enquanto não acontece, isso não pode significar um imobilismo dos diretores eleitos, nem sequer um desânimo no encaminhamento dos pleitos justos dos participantes que eventualmente não sejam bem vindos ao patrocinador.

Se os diretores ou conselheiros do BB utilizarem o voto de minerva para decisões indevidas ou prejudiciais ao fundo certamente tal atitude não ficará impune.  O voto de minerva não pode ser usado levianamente. Existem responsabilidades que precisam ser obedecidas.

De maneira que os nossos diretores devem partir para o enfrentamento em assuntos do nosso interesse, mesmo sabendo que haverá empate e voto de minerva.  O que é necessário é a divulgação da decisão para que sejam tomadas as medidas necessárias de responsabilização.

Outro assunto abordado pelo diretor Marcel foi a respeito de reuniões com os diretores da Previ para debater os assuntos em mão dupla. O diretor ouvindo as reivindicações mas também colocando suas posições.  Ele falou que é raro receber convites para encontros abertos como o de Camboriú.

Respondi que não era assim tão raro. Em reunião de apresentação de balanço da Previ, na Super-RS, fiz de público o convite para o diretor Vitor Paulo vir fazer palestra na AFABB-RS. Ele aceitou mas, decorrido mais de um ano, até hoje não apareceu nem respondeu aos telefonemas nossos. E na mesma hora aproveitei para fazer o convite para o diretor Marcel ir à AFABB-RS, o que ele aceitou, depois que atender o convite de Mato Grosso feito primeiro.

Estive de acordo com o diretor Marcel quando ele mencionou que devemos procurar uma postura mais negocial perante o BB, a exemplo do que acontece nos sindicatos.  Elaborar uma pauta e procurar encetar uma negociação positiva.

Sem dúvida, com o bloqueio imposto pelo Judiciário atualmente, uma boa negociação pode ser bastante mais ágil e vantajosa.  Precisamos é saber quais os pontos mais prioritários a discutir e como iremos encaminhar a negociação. Temos que aprender a negociar e saber onde e como pressionar o BB. Mas não custa iniciar e tentar.

Conforme já adiantei em comentário no post anterior, a melhor notícia da reunião feita pelo diretor Marcel foi o entendimento dele de que o BET será incorporado ao nosso benefício, pois não passa pela cabeça dele que exista alguem na Previ com coragem de tirar dos proventos dos aposentados e pensionistas esse percentual atual de 20%, além de que os cenários desenhados para os próximos cinco anos são positivos com relação à continuidade do superávit.  Afora isso deu como quase certo a mudança da data do reajuste dos benefícios para janeiro.  E acho que o  ES deve sofrer a atualização anual.

Ficou claro no encontro que existem dificuldades na manifestação dos diretores e dos conselheiros por escrito, pois poderão ser punidos ou cobrados  pelo BB ou autoridades quando abordarem assuntos delicados . E´a lei da mordaça. Mas oralmente é possível trocar idéias e informações, desde que sejam recebidas com reservas pelos ouvintes.

Portanto, se quisermos manter um diálogo mais abrangente e permanente temos que ser discretos.

E´ nesse mar picado e tormentoso que o blog do Medeiros tem que navegar.  Arre ! Tarefa difícil !



DE RETORNO DE CAMBORIÚ

domingo, 5 de agosto de 2012

Cheguei em Porto Alegre com chuva e frio. O inverno está nos castigando. Em Camboriú tivemos temperaturas agradáveis e tempo bom.

O blog do Professor Ari Zanella já noticiou sobre o evento na parte que diz respeito à Previ.

Lá em Camboriú tive novamente problemas com o WI FI no hotel prejudicando qualquer tentativa de postagem.

Vou fazer algumas observações hoje e depois, conforme os comentários que receber, vou ampliando as informações que me parecerem importantes.

Foi um encontro produtivo e proveitoso.  Permitiu um contato direto com os diretores e conselheiros presentes, de maneira a possibilitar uma melhoria no relacionamento e esclarecimentos para assuntos pontuais. Houve tempo suficiente para tal e não tendo havido projeções de transparencias ou de slides o período para debate foi amplo e sem afogadilho.  Perguntas, quando houveram, não ficaram sem respostas, o que foi muito bom.  A condução tranquila do Genesio, presidente da AFABB-SC, contribuiu para esse clima e o ânimo da maioria dos presentes também.

O diretor Marcel de Barros foi atencioso e simpático em todos os momentos, colocando-se à disposição dos presentes para os assuntos pertinentes.

Isso não quer dizer que eu tenha concordado com ele em todos os seus posicionamentos. Divergi deles em vários pontos, inclusive manifestando de público a minha discordância, como pode atestar o Professor Ari Zanella.

Pareceu-me que o diretor Marcel de Barros adotou inicialmente na PREVI uma postura defensiva, o que, na minha opinião contraria a sua própria história de combatividade a favor do pessoal da ativa nos dissídios contra o BB.

A PREVI faz uma lavagem cerebral natural em quem chega lá.  Procura incutir uma espécie de dever de lealdade com a instituição, tentando separar qualquer vínculo com o participante do fundo que inclusive foi responsável pela sua eleição. O diretor ou conselheiro passa a defender a instituição mesmo contra os direitos dos participantes.

Discordei do diretor Marcel quando ele afirmou que quando um participante entra com uma ação judicial contra a Previ está entrando com uma ação contra ele mesmo, contra nós que somos os donos da Previ, pois a Previ pode sofrer um problema financeiro com ações que não tenham fundamento em recolhimento de contribuições, em um fundo  de reserva, e que o participante pode vir a se prejudicar pessoalmente como no caso de ações de RMI onde os cálculos apontam na maioria para um benefício a menor do que aquele que é pago.

Em minha manifestação, que foi apoiada pelo plenário, falei que não era bem assim, que, como profissional do Direito, com mais de cinquenta anos de advocacia, não podia aceitar essa postura restritiva porque tinha conhecimento inclusive de situações que demonstravam plenamente as vantagens do ajuizamento de ações contra a Previ.

Lembrei o caso do IGPDI onde o Presidente Sergio Rosa veio com a mesma afirmativa de que se tratava de ação temerária, sem possibilidade de êxito, e que, caso vitoriosa, iria querbrar a PREVI. Como todos sabemos não foi o que aconteceu. Ganhamos a ação e implantado o índice pleno do IGPDI a Previ não quebrou, muito pelo contrário, alcançou um superávit recorde.

Falei do caso infeliz da cesta alimentação, onde houve uma lamentável decisão do STJ revertendo uma posição já consolidada sobre a matéria, tendo por base essa tese de que o pagamento iria quebrar a PREVI.  Falei que o cálculo total não faria cócegas no patrimônio de nosso fundo.

O diretor Marcel respondeu que para cerca de 20.000 já estava apropriada no fundo a quantia de 1,4 bilhão, que agora seria revertido, o que , em sua opinião, era uma quantia muito expressiva. E deveria ser aumentada para contemplar cerca de 80.000.

Em minha opinião o valor apropriado era excessivo e servia como argumento judicial, mas mesmo que verdadeiro e multiplicado por quatro, em meu entendimento, continuaria não fazendo cócegas no patrimônio de mais de 150 bilhões do fundo, além de ser justo e equânime para todos os participantes.

Por hoje vou ficar por aqui, mas pretendo abordar outros assuntos.

Confio que aos poucos, se mantivermos um diálogo franco e continuado com o diretor Marcel de Barros poderemos avançar na discussão de temas e procurar anular essa atração fatal que a PREVI exerce sobre quem lá chega desprevenido, trazendo-o mais para o nosso lado.

Falei para ele pessoalmente que desejava que ele empregasse em prol  de nós, aposentados e pensionistas, a mesma combatividade que utilizou a favor do pessoal da ativa e que o credenciou ao cargo de diretor.

Tem meu voto inicial de confiança. Estou torcendo que faça uma boa gestão.

Parabéns aos organizadores do evento e todos que lá compareceram pelo alto nível dos debates.

RUMO Á CAMBORIÚ

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Amanhã iremos a Camboriú para a reunião regional das AFABBs do sul do país.

O Coordenador da reunião, o presidente Genésio da AFABB-SC, nos comunicou que o Paulo Assunção não vai, de maneira que sobrará mais tempo para o Marcel de Barros, diretor de seguridade da Previ.  Meu apelo foi atendido. Que bom ! A reunião será mais proveitosa.

O colega Edgardo informa em seu blog, o blog do Ed, que o Marcel participou do seminário realizado na AABB Lagoa, no Rio de Janeiro, no dia 24 de julho, e lá ele chamou a atenção para o projeto de lei apresentado pelo Berzoini, que pretende alterações na lei 109, terminando com o voto de qualidade e com o recebimento de superávit pelo patrocinador do fundo e pelo pessoal da ativa.

O Marcel teria pedido que o projeto fosse acompanhado de perto na Câmara de Deputados pelos participantes por causa das emendas que poderiam prejudicar as proposições e virar o feitiço contra o feiticeiro.

As sugestões que recebi para levar a Camboriu foram de muita valia. Serviram para reviver os nossos problemas mais urgentes e as reivindicações maiores que afetam nossa vida.

Vão desde a falta de comunicação por parte da Previ até a ampliação do prazo e do valor do ES, passando por mudança de data do reajuste para janeiro, manutenção do BET, 100% para as pensionistas, realinhamento dos benefícios, fim do fator previdenciário, escolha dos conselheiros das empresas participadas, etc, etc.  Os comentários do post merecem ser lidos pois ali está um retrato do que se passa em nosso mundo do BB. São 56 comentários. O blog do Medeiros bombando de novo, como nos velhos tempos.

Vamos que vamos.