FANTASIA OU SONHO ?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Todos sabem que sou um sonhador inveterado.

Incrivelmente mesmo os meus sonhos mais ousados terminaram se realizando.  Alguns inimagináveis.

Quando entrei no BB, em 10-04-1957, nunca poderia imaginar que quase cinquenta anos depois estaria discursando numa cerimonia em São Paulo, comemorativa do centenário da Previ, na condição de presidente do conselho fiscal da entidade.

E quando assumi como conselheiro fiscal da previ com um deficit de dez bilhões de reais e nuvens negras no horizonte pós intervenção, em 2002, nunca poderia imaginar que, quatro anos depois, na conclusão do meu mandato, a Previ teria um superávit da ordem de trinta bilhões, cobiçado avidamente pelo patrocinador BB.

Às vezes a fantasia se faz realidade e existem circunstâncias difíceis que dão origem a grandes satisfações.

Walt Disney estava encarcerado quando viu um ratinho se movimentar em sua cela e em vez de enxota-lo passou a se distrair com ele.  Dessa convivência nasceu o Mickey Mouse e o resultado daí foi o mega empreendimento existente em Orlando, na Florida, por muitos considerado como um sonho irrealizável.

Estou aqui, com meu neto Miguel, comprovando essa realidade e vivendo o sonho que toda criança e idoso gostaria de ter vivido, pois nada melhor que uma magia como a daqui para fazer a gente acreditar que tudo é possível se as pessoas realmente acreditarem. A Disney sempre foi um dos meus melhores e mais ansiados sonhos, uma fantasia inacreditável.

Aqui o idoso se transforma em criança outra vez e a criança desfruta de sua idade real com toda a amplitude.  Aqui a gente se diverte, se emociona, se maravilha, se espanta e se delicia com os espetáculos que nos surpreendem e nos encantam a todo o momento.

E o melhor é desfrutar desses parques e desses momentos  na companhia de netos e filhos !

Mas de vez em quando não posso deixar de me lembrar de nosso mundinho da Previ quando passa pela minha cabeça uma comparação desses parques esplêndidos com a insignificância inadmissível do Magik Park de Aparecida, onde desapareceram alguns milhões de nosso patrimônio e os culpados não foram até hoje devidamente penalizados nem responsabilizados pelo prejuizo.

Estou quase voltando.

Até lá.

7 comentários:

Anônimo disse...

Aproveite!

E bom retorno, dr.Medeiros...



Abs.


Janone

Anônimo disse...

Parabéns. Aproveito para perguntar-lhe se o senhor assistiu ao vídeo do Marcel. Em que afirma que há executivos do BB se aposentando acima do teto. Gostaríamos que a previ divulgasse os que estão recebendo acima do teto.

Anônimo disse...

quando estiver na hora de aplicar no indice da bolsa deixe uma dica.

WILSON LUIZ disse...

ÓI NÓIS SE FERRANDO T'RA VEIZ

Se sair a antecipação do reajuste dos benefícios para janeiro, o índice será 3,82%. O índice de janeiro/2013, que só incidirá em janeiro/2014, fechou em 0,92%; com a tendência de alta da inflação, o reajuste que teríamos em junho, se tudo continuasse como está, seguramente seria superior a 7%. Apesar de alguns, com as finanças estouradas, estarem torcendo para receber algumas merrecas agora, com a antecipação, acho que o mais vantajoso seria manter o próximo reajuste em junho, e implementar a antecipação em janeiro/2014.

Anônimo disse...

É verdade, grande Medeiros, sonhos ajudam a viver. Mas, como você falou, mesmo nos momentos de uma distração com a família, a gente não consegue esquecer os problemas que BB/PREVI nos jogam garganta abaixo. Bom proveito prá você e famiília, bom descanso e ficamos aqui aguardando seu retorno.

Anônimo disse...

Medeiros, se você puder dar sua opinião sobre o julgamento do STF sobre as ações trabalhistas contra o BB/Previ eu agradeço. Se o problema é caixa, a simples mudança de estância (da justiça trabalhista para a comum) não resolverá o problema. Será apenas um ato protelatório. E vai congestionar mais a já congestionada justiça comum. Obrigado. Celio Vilela

WILSON LUIZ disse...

OLHAÍ NO QUE DEU AS PAJELANÇAS CONTÁBEIS DO BANCO DO BRASIL

Transcrito do site da ANAPAR.
Vamos ver, também, o que acontece com as contabilizações, pelo BB, de parte de nossos superávits.


Fundos: BB terá perda de R$ 4,6 bi com passivo atuarial

O Banco do Brasil terá que reconhecer em breve uma perda atuarial de R$ 7,8 bilhões, que depois de impostos deve reduzir seu patrimônio líquido em R$ 4,57 bilhões. A simulação foi divulgada pelo próprio banco, considerando dados de dezembro.

O banco ainda não sabe se terá que registrar a perda no balanço de março ou junho, uma vez que o Banco Central ainda não recepcionou a norma contábil que provoca essa mudança.

Um impacto dessa magnitude deve reduzir o índice de Basileia do banco em 0,6 ponto percentual, de 14,8% para 14,2%, sendo que o mínimo exigido pelo Banco Central é de 11%.

Assim como o BB, inúmeras empresas usavam uma metodologia chamada de "corredor" para reconhecer ganhos e perdas com assistência de saúde e planos de benefício definido de aposentadoria de empregados. Por esse sistema, as variações dessas obrigações de longo prazo eram registradas na conta de lucros e perdas, mas só quando superavam uma margem estabelecida. A diferença não registrada, normalmente de saldo maior, aparecia apenas em nota explicativa, sem entrar como ativo ou passivo.

Mas uma mudança nas regras contábeis, que passou a valer em 1º de janeiro, acabou com a possibilidade de se usar esse "colchão" para amortecer o impacto das variações. Como "contrapartida", ficou decidido que o saldo histórico não contabilizado e os futuras oscilações serão reconhecidas no balanço patrimonial (reduzindo ativos ou aumentando passivos), com efeito apenas no patrimônio líquido, e não na conta de resultados.

Por motivo semelhante a Petrobras verá seu patrimônio líquido diminuir em R$ 15 bilhões no balanço de março - nesse caso não há dúvida sobre a data porque a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já adotou oficialmente a nova norma. No Santander, o impacto líquido de impostos será de R$ R$ 2,6 bilhões.

Os valores a reconhecer são elevados principalmente pela forte redução dos juros de longo prazo do país em 2012. Para trazer a valor presente o compromisso futuro que a empresa tem com o pagamento de planos de saúde e aposentadorias de funcionários, usa-se uma taxa de desconto, que tem ligação com os juros dos títulos públicos de longo prazo. Quanto menor a taxa, maior o passivo.

No BB, a taxa em 2011 era de 6,10%, uma das maiores entre grandes empresas, e foi reduzida agora para 4,33%, em linha com o mercado. Se essa nova regra entrasse em vigor no ano passado, o BB teria um saldo positivo de R$ 2 bilhões para reconhecer. Um ano depois, com a queda do juro real, a conta inverteu de sinal e ficou negativa em R$ 7,8 bilhões.