ISSO É O QUE ? BB ESPANTA MERCADO AO ESCOLHER AUDITORIA

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Uma notícia, divulgada no Valor Econômico, causou a maior estranheza no mercado. O Banco do Brasil fez licitação para escolher qual a empresa de auditoria que iria examinar suas demonstrações financeiras e a vencedora apresentou uma proposta verdadeiramente ridícula e irrisória.
Na primeira parte a proposta da vencedora era de cerca de vinte milhões por ano. Na segunda parte, quando foi realizado um leilão, essa proposta baixou para menos de cem mil reais. Isso é o quê ? O que que é isso ? Pensei que já havia visto de tudo, pois sou especialista na área, mas nunca imaginei que pudesse acontecer uma coisa dessas.
Os ingênuos poderão dizer: - Bom para o BB que vai ter que pagar pouco pela auditoria de suas contas !
Não é esse o raciocínio correto.  A empresa de auditoria não pode trabalhar com prejuízo financeiro, pois se entende que pode querer tirar vantagem por outro lado.  Ao mesmo tempo se entende também que os trabalhos perdem qualidade pois seus melhores e mais caros técnicos certamente não vão ser direcionados para lá, já que o custo é calculado por hora de trabalho versus honorários do técnico.
Leiam a notícia e tirem suas próprias conclusões. A importância para nós é no tocante à apropriação do superavit que o BB vem fazendo da PREVI, que é examinado e avaliado pela empresa de auditoria.
                                                                 -o-o-o-o-o-o-

"O Banco do Brasil conseguiu reduzir em 99,5% o preço da auditoria externa das demonstrações financeiras para 2011, mas provocou uma grita geral entre os profissionais do setor de contabilidade.


Num pregão eletrônico realizado na sexta-feira, a KPMG, atual auditoria do banco, saiu vencedora com um lance de R$ 95 mil. Sua proposta inicial foi de R$ 19,6 milhões.
Estiveram na disputa a PwC, com R$ 12,5 milhões, e a Ernst & Young Terco, com R$ 6 milhões. No contrato anterior, a KPMG cobrava R$ 6,5 milhões.

Os valores são anuais, num contrato para cinco anos.

Documentos apresentados pelos concorrentes, à disposição no site do Banco do Brasil, mostram que o valor final cobre apenas cerca de 4% das despesas gerais orçadas pela KPMG em sua proposta inicial, que eram de R$ 2,5 milhões.

Não estão incluídos aí a remuneração da equipe de 42 pessoas, estimada em cerca de R$ 2 milhões – só os dois diretores envolvidos receberão R$ 240 mil cada, no ano.

A KPMG estimou que necessitaria de 31.716 horas para auditar todas as entidades e serviços do Banco do Brasil, o que daria um preço por hora, com base na proposta original, perto de R$ 572,23. Se forem mantidas as horas previstas, o novo preço é de R$ 3 por hora.

“Esse contrato afronta a livre concorrência”, diz Rogério Rokembach, sócio da Rokembach, Lahm, Villanova, Gais e Cia., firma de pequeno porte. “Além disso, chega ao limite da ética profissional.” Para ele, o banco poderia cancelar a concorrência por se tratar de “preço vil”.

A licitação do BB ocorre em duas fases. Na primeira, em 30 minutos, há intervenção do pregoeiro. A melhor proposta nessa etapa foi da E&Y, de R$ 4,941 milhões. Na sequência, há um leilão aleatório, que pode durar de 1 segundo a 30 minutos. Nesse caso, ele durou pouco mais de 16 minutos. Teoricamente, o preço poderia ter chegado perto de zero.

O uso do chamado “leilão reverso” para contratação de auditorias é novo na instituição federal. Anteriormente, era usado o método do envelope fechado, vencendo a melhor oferta. É assim que ocorre, por exemplo, na Petrobras.

“Não se pode contratar auditoria independente por leilão, como se fosse comprar canetas”, diz Antonio Carlos Nasi, sócio da Nardon, Nasi. “De que adianta ficarmos falando de normas internacionais de auditoria e de contabilidade, de controle de qualidade, se na hora do exercício profissional vemos isso acontecer?”

Procurado, o Ibracon, instituto que representa os auditores independentes, informou que não se pronuncia sobre casos específicos.

Para um profissional do setor que prefere não ser identificado, o banco ficou em uma situação difícil, por que terá dificuldades voltar atrás, já que tecnicamente o processo foi perfeito. Não haveria agora como pedir um preço maior.

O Banco do Brasil informou por meio de sua assessoria de imprensa que o processo está em fase de homologação. A KPMG teria até ontem à noite para entregar os documentos que comprovariam sua capacidade para cumprir o contrato. Depois disso, abre-se um prazo de recursos.

A KPMG e a E&Y Terco foram procuradas, mas preferiram não se pronunciar.

Fonte: Valor Econômico."

O que acharam ? 

DELENDA CARTHAGO -  SUPERAVIT JÁ !

5 comentários:

Anônimo disse...

Dá para desconfiar de algo estranho.
Tem mosca nesta sopa.

Anônimo disse...

Tchê Dr. Medeiros,

Por favor leia, se possível, a carta que a Previc enviou para o Sr. Rossi.
Está no Blog do Sr. Marcos Cordeiro.
Diga-nos se é possível tal resposta.
Saudações

Anônimo disse...

Amigos,
no Blog da AAPPREVI constam importantes questionamentos feitos à PREVIC pelo nosso colega João Rossi Neto. A resposta da PREVIC foi objeto de brilhante réplica.

Luis Eustáquio de Castro (Araxá-MG)

Anônimo disse...

Caro Dr. medeiros,

O texto é para se pensar. Eis que há um passado glorioso; um presente angustiado; e um futuro incerto para os integrantes do PB1 da PREVi..
Ih! Tá tudo dominado.

A Resolução 26 do CGPC é irregular por ferir a LC 109/2001, e imoral por permitir a rapinagem dos ativos da PREVI.

“ somente o Poder Judiciário pode decidir a respeito da Resolução 26 ... a Justiça ainda não decidiu, encontrando-se sub judice”, diz D. Isa Musa.

Ainda bem que há uma Ação a ser julgada.

E porque a ação está “parada” no Judiciário? Não há interesse das partes que ela tenha um impulso processual?

Sabe-se que no Judiciário o tempo é lento. Porém, a parte interessada terá que demandar, sistematicamente, dos Senhores Julgadores a efetivação da lide.
E isso foi feito ao longo destes três anos? Acredita-se na não efetividade. E porque terá que ser feito a negociação neste reduzido tempo que resta de 2010? Será que o Banco tem pressa? A quem interessa a pressa em fechar a negociação ainda em 2010?

E o que faz a FAABB? Abrevia o julgamento da Ação na Justiça, a favor do Banco, através dessas negociações. Deste modo, efetiva-se a, a priori, a contabilidade do Banco em 50%.

E isso é bom? Para alguns, talvez; para os demais, a grande maioria, a perda será histórica, haja vista o precedente de MENOS 50% em verbas de ativos da PREVI. Além de “o patrimônio moral, ético, intelectual e doutrinário de um valoroso grupo que em épocas distintas construiu o BB e PREVI”, como diz o Dr. Aristophanes Pereira.

Observe-se que a retirada é, e será, doravante, se assim for perpetuado o Saque, de 50% das rendas futuras da PREVI.
E quem viver verá que as atualizações de benefícios futuros será restrita aos índices de inflação maquiados, determinados pelo governo, tendo a metade de sobra de superávit da PREVI como garantia, se houver. Capital da PREVI menor significa menos poder de investimentos.

E a outra metade do Superávit, ativo da PREVI, o Banco já contabiliza em seu balanço. Pronto, fácil assim.

O Banco, por certo, dentre em breve poderá “lançar” em Bolsa de Valores as sobras futuras dos ativos da PREVI para aumentar os lucros e ações. Visto que o PB1 é integrado a um Fundo Previdenciário maduro e fechado. O Banco, que não “morre”, terá a fabulosa montanha de dinheiro ao seu dispor quando não houver beneficiário Pessoa Física a reivindicar benefício previdenciário.

Senhores, o tempo urge.

E o que fazer? A direção já foi traçada por vários colegas neste blog. Denunciar. Denunciar. Ao Brasil e ao Mundo. À Justiça. À OAB. Ao TCU. Ao Senado. Às Bolsas de Valores SP e NY as injustiças que querem repassar aos beneficiários do PB1 da PREVI.

“Quem sabe faz a hora”, já dizia Vandré.

Um abraço de James.

Anônimo disse...

Caro Dr. medeiros,

O texto é para se pensar. Eis que há um passado glorioso; um presente angustiado; e um futuro incerto para os integrantes do PB1 da PREVi..
Ih! Tá tudo dominado.

A Resolução 26 do CGPC é irregular por ferir a LC 109/2001, e imoral por permitir a rapinagem dos ativos da PREVI.

“ somente o Poder Judiciário pode decidir a respeito da Resolução 26 ... a Justiça ainda não decidiu, encontrando-se sub judice”, diz D. Isa Musa.

Ainda bem que há uma Ação a ser julgada.

E porque a ação está “parada” no Judiciário? Não há interesse das partes que ela tenha um impulso processual?

Sabe-se que no Judiciário o tempo é lento. Porém, a parte interessada terá que demandar, sistematicamente, dos Senhores Julgadores a efetivação da lide.
E isso foi feito ao longo destes três anos? Acredita-se na não efetividade. E porque terá que ser feito a negociação neste reduzido tempo que resta de 2010? Será que o Banco tem pressa? A quem interessa a pressa em fechar a negociação ainda em 2010?

E o que faz a FAABB? Abrevia o julgamento da Ação na Justiça, a favor do Banco, através dessas negociações. Deste modo, efetiva-se a, a priori, a contabilidade do Banco em 50%.

E isso é bom? Para alguns, talvez; para os demais, a grande maioria, a perda será histórica, haja vista o precedente de MENOS 50% em verbas de ativos da PREVI. Além de “o patrimônio moral, ético, intelectual e doutrinário de um valoroso grupo que em épocas distintas construiu o BB e PREVI”, como diz o Dr. Aristophanes Pereira.

Observe-se que a retirada é, e será, doravante, se assim for perpetuado o Saque, de 50% das rendas futuras da PREVI.
E quem viver verá que as atualizações de benefícios futuros será restrita aos índices de inflação maquiados, determinados pelo governo, tendo a metade de sobra de superávit da PREVI como garantia, se houver. Capital da PREVI menor significa menos poder de investimentos.

E a outra metade do Superávit, ativo da PREVI, o Banco já contabiliza em seu balanço. Pronto, fácil assim.

O Banco, por certo, dentre em breve poderá “lançar” em Bolsa de Valores as sobras futuras dos ativos da PREVI para aumentar os lucros e ações. Visto que o PB1 é integrado a um Fundo Previdenciário maduro e fechado. O Banco, que não “morre”, terá a fabulosa montanha de dinheiro ao seu dispor quando não houver beneficiário Pessoa Física a reivindicar benefício previdenciário.

Senhores, o tempo urge.

E o que fazer? A direção já foi traçada por vários colegas neste blog. Denunciar. Denunciar. Ao Brasil e ao Mundo. À Justiça. À OAB. Ao TCU. Ao Senado. Às Bolsas de Valores SP e NY as injustiças que querem repassar aos beneficiários do PB1 da PREVI.

“Quem sabe faz a hora”, já dizia Vandré.

Um abraço de James.