Um CONGRESSO MELANCÓLICO

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Hoje termina o Congresso da Abrapp. O que até agora tem predominado é a melancolia. Só se fala em crise. Crise política, crise econômica, crise moral, corrupção, sistema deficitário.

Algumas palestras valeram a pena. Outras não. Até deram sono e esvaziaram o auditório. Inacreditável que alguém se apresente num Congresso dessa natureza sem trazer nenhum slide, nenhuma lâmina, mesmo sabendo que não tem os dotes necessários para empolgar o público. Alguns nomes de painelistas foram escolhidos só por critérios políticos. Pegou mal, muito mal. Os congressistas demonstraram sua inconformidade com indiferença e quase nenhuma participação nos debates.

Ontem assisti a duas palestras interessantes sobre governança corporativa nos fundos de pensão, do professor Alexandre Da Silveira e da Adriana Vieira. Ambos enfatizaram a necessidade da transparência e de que sejam ouvidas as vozes dos divergentes, bem como a imperiosa exigência de se buscar o consenso. Não pode existir conflitos nem clima hostil. Tem que haver respeito pelas posições. É o que venho pregando.

Finalmente parece que o Congresso começa a se dar conta da importância do participante. É a razão de ser da existência do sistema de previdência complementar, não as patrocinadoras.

Uma notícia que circulou no Congresso foi a da aposentadoria do diretor Carlos Neri. Como ficarão agora as negociações da CASSI ?  Quem o substituirá ? Fala se em Carlos Célio.

As eleições da ANABB seguem acontecendo em ritmo lento. As votações pela Internet foram tímidas. Agora vem as dos envelopes. Acho que já fiz a minha parte. Agora estou contando com o esforço e o apoio dos amigos.

Ontem estive na CPI do Congresso. Não houve audiência. Estive no gabinete do deputado Pompeo de Mattos e da Senadora Ana Amélia.

Amanhã retorno à Porto Alegre. Lá está chovendo demais, aqui de menos. Mas tem nuvens negras.

De tarde tenho um importante encontro justamente no Palácio do Planalto. Vou sentir o clima lá. Mais pesado impossível. Mas tenho que reforçar os meus contatos. O mar não esta pra peixe. Posso estar ficando velho, mas pra bobo eu ainda não sirvo.

Bom final de semana para todos e ótimo dia das crianças. Elas merecem.

26 comentários:

José Humberto disse...

Alô Medeiros. Bom dia!
Você está aí no olho do furacão! E continua incansável!
Mantenha-se assim. Deus o proteja com saúde e paz.
José Humberto

Anônimo disse...

Caro dr.Medeiros,

Muito obrigado por estar na linha de frente,destarte o clima avesso,reflexo do clima político de nosso tão surrado país.Os temas Previ e Cassi seguem a mesma cartilha e muitos colegas acham que o dr.Medeiros fez curso de mágica avançada,como se fosse a solução de antigos problemas que vieram para ficar e temos que conviver com eles pelo tempo que nos resta.
Feliz Dia das Crianças,de um idoso para outro,ambos com espírito infantil,o que nos tem trazido até aqui.
Um baita quebra-costela.
Saúde e Paz.

João Trindade

Anônimo disse...

Num ambiente e cenário pré-empichmannh se fosse diferente, seria anormal.

Anônimo disse...

Enquanto falta pauta, eis o efeito da miopia:

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,com-deficit--fundos-de-pensao-de-estatais-podem-reduzir-valor-de-aposentadoria-,1776825

Anônimo disse...

E desde quando este tipo de congresso tem algo de produtivo?
É pura perda de tempo, pois os palestrantes estão totalmente alienados de nossos problemas REAIS e o interesse deles é somente receber o cachê.

Anônimo disse...

Medeiros,
Em seu comentário sobre o recente Congresso da ABRAPP (entidade reconhecidamente simpatizante dos patrões dos fundos de pensão) você ressalta “a necessidade da transparência e de que sejam ouvidas as vozes dos dirigentes, bem como a imperiosa experiência de se buscar o consenso.”
Como conscientizar um patrocinador que tem o poder de tudo decidir (à revelia do Corpo Social, cujas prerrogativas foram extintas com a edição da LC 109) e nada se faz sem a sua concordância?
Como haver consenso entre o lobo e o cordeiro, em meio a interesses conflitantes dos patrocinadores e dos participantes? Quando esses mesmos participantes e suas entidades não se entendem, em constantes conflitos e divergências, à procura de uma unidade que está se tornando cada vez mais utópica.
Veja o caso das negociações na CASSI, até agora no impasse, até porque lá não existe o voto de minerva. Se o BB tivesse o poder do voto de desempate na CASSI, há muito já teria sido resolvido o impasse, com imposições de soluções a seu modo (claro que em nosso desfavor). É este o retrato de “gestão compartilhada” e da “transparência” que tanto alardeia o grupo patronal, como se realmente fóssemos os donos do nosso fundo de pensão e os seus recursos superavitários fossem efetivamente distribuídos em benefício dos participantes.
Quanto à substituição do diretor Neri na mesa de negociações da CASSI (por motivo de aposentadoria), o seu sucessor continuará sendo simplesmente o porta-voz do Banco. Como você diz, o mar não está para peixe. Exceto os tubarões de sempre.
Gilberto Santiago

JVasconcellos disse...

Meu caro Dr, Medeiros
È Necesario o Dr, analisar o que podemos crer quanto ao ES. ANABB,.AABB etc....não esta interessando a maioria dos aposentados pois JA E NOTORIO O NOSSO CONHECIMENTO< COM AQUELES QUE SÃO ELEITOS PARA ESTA MAMATA ( ANAB,AAFBB ETC) ABRAÇOS

Anônimo disse...

VOTEI NOCÊ. SE CÊ ELEGER EU FICO

Jair Mário Bork disse...

Creio que todos já receberam a Revista PREVI nº184, de setembro/2015. Gostei muito e achei super didático o capítulo "Seguridade", das páginas 14 à 19, vou xerocar e entregar cópias para minha esposa e filhos, pois julgo a matéria ali abordada de grande valia para quando partirmos desta para uma melhor. E francamente, pela minha idade (mais de 70) creio que esta data não está lá muito distante. Afinal, como dizem, para morrer basta estar vivo. Outro assunto da revista que chamou minha atenção foi a participação da PREVI na VALE, de 32 bilhões de reais ou cerca de 20% dos ativos da PREVI. É bastante, não acham. Mas pelos comentários da revista, a VALE está super bem com perspectivas de muito crescimento. Não seria, mestre Medeiros, ocasião propícia de investir nela?

João Rossi Neto disse...

Anônimo de 09/10/15, às 12:12 hs,

SOLUÇÃO PARA EVENTUAIS DÉFICITS EM PLANOS DE BENEFÍCIOS

O artigo 21 da Lei Complementar 109/2001 define que o resultado deficitário nos planos ou nas EFPCs será equacionado pelos patrocinadores, participantes e assistidos. Tal equacionamento será feito, dentre outras formas, por meio do aumento do valor das contribuições, instituição de contribuição adicional ou redução do VALOR DOS BENEFÍCIOS A CONCEDER. Fato importante é que a redução dos valores dos benefícios não se APLICA AOS ASSISTIDOS, §2º do mesmo artigo (21), sendo cabível, neste caso, a instituição de contribuição adicional, já que os benefícios em gozo continuado são intocáveis por lei.

Bleinroth Toninho disse...

Medeiros,

acabei de votar, e de acordo com suas indicações e idéias.... fico na esperança de que sejas o mais votado.... abração e obrigado por sua luta...

Anônimo disse...

O BB é, na verdade, PATRÃO dos aposentados e não PATROCINADOR. É ele que tudo decide (voto de minerva) o restante é figuração. Então, o BB deve ser tangido a ASSUMIR as responsabilidades inerentes ao PATRÃO, declarando-se sua PLENA E TOTAL responsabilidade pelo pagamento de nossas aposentadorias. Principalmente porque a PREVI e seu corpo dirigente são apenas setores da estrutura do BB. Porque NADA decidem. Apenas recebem ordens e as cumprem. Precisa melhor prova deste vínculo patronal? (Subordinação).

Anônimo disse...

Emérito Mestre MEDEIROS:


Não estou ACUSANDO NINGUÉM, mas se o Sr. NÃO FOR ELEITO, estaremos POSSÍVELMENTE diante de um PROVÁVEL ESTELIONATO ELEITORAL!

Anônimo disse...

O meu comentário vai ao encontro do que disseram os colegas que postaram às 12:23 e 14:55hs de ontem, 09.10.2015. A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar-Abrapp é uma entidade que defende unicamente os interesses dos patrocinadores, sempre em detrimento dos anseios e necessidades dos associados dos inúmeros fundos de pensão existentes. Também concordo que nunca haverá consenso entre as partes envolvidas – patrocinadores e associados – já que os interesses em questão são diametralmente opostos. O congresso foi, conforme colocado, melancólico. Num momento em que estamos passando por diversas dificuldades, sem antecipação salarial, sem suspensão de cobrança das prestações do ES nos três últimos meses do ano, além de suspeitarmos que virá uma nova configuração do ES que não atenderá as mínimas necessidades e anseios dos tomadores, também concordo que é pura perda de tempo dar ênfase a uma, desculpe, coisa sem a menor importância como esse congresso da ABRAPP. Xô Abrapp.

Anônimo disse...

= Dr Medeiros, solicito, obséquio, se possível, publicar o seu e-mail para uma consulta urgente.

Anônimo disse...

Emérito Mestre MEDEIROS:


Esse AMBIENTE de MELANCOLIA também perpassa a PREVI. Acrescente-se a isso a MAIÚSCULA IMPOPULARIDADE de alguns de seus PRINCIPAIS GESTORES (há NOTÓRIAS exceções(.

Luis-BH disse...

Dr. Medeiros,
Já votei em você. Torço para que se eleja.
Entretanto, aconselho-o a priorizar sua saúde. Nós já batalhamos muito a vida toda. Pelo que percebo em seus posts, pouca esperança existe no curto prazo. Devemos usar nossa energia com parcimônia.
Grande abraço

Anônimo disse...

A PREVI não vem obedecendo a Lei relativa aos consignados, prejudicando sobremaneira seus assistidos no que diz respeito à metodologia por ela adotada na apuração da Margem Consignável, se não vejamos:
a) a Lei nº 10.820, de 17.12.2003, em seu Art. 2º § 2-II, estabelece que o total das consignações voluntárias, incluindo as referidas no seu Art. 1o, que trata de empréstimos, financiamentos e arrendamento mercantil, não poderá exceder a quarenta por cento da remuneração disponível, conforme definida em regulamento. Como se vê, não se trata apenas de percentual máximo de descontos que podem ser efetuados em Folha de Pagamento, como afirma a PREVI em sua resposta, pois o percentual de 30% destina-se a abrigar tão somente as parcelas de empréstimos, financiamentos e arrendamentos mercantis;
b) os valores dos benefícios pagos pelo INSS e não transitados na fopag são considerados para efeito de cálculo dos benefícios complementares pagos pela PREVI e para efeito do cálculo da contribuição em favor da CASSI. Por que não os considerar também para efeito da Margem Consignável, já que, para todos os efeitos, são rendimentos dos aposentados e pensionistas?
c) Não acredito seja o caso da PREVI se preocupar com o que diz a resolução CMN 3792, de 24.09.2009, no que concerne às aplicações na linha de crédito Empréstimo Simples, visto que elas não correm risco de inadimplência, pois são debitadas em folha de pagamento, assegurando, assim, a autoliquidez.
2. Questionada, a PREVI apresentou justificativas evasivas, a meu ver, em email de 13.03.2015, cujos principais textos transcrevo, a seguir:
a) “A margem consignável nas concessões do ES é calculada com base nas verbas de caráter efetivo de proventos/benefícios e de consignações obrigatórias que transitam na folha de pagamento, bem como os compromissos assumidos com operações com participantes contratados com a PREVI e consignações com qualquer entidade. Assim, o INSS somente será incluído no cálculo da margem consignável quando transitado em folha de pagamento.”;
b) “Quanto ao Art. 2º § 2-II da Lei 10.820, esclarecemos que refere-se ao percentual máximo de descontos que podem ser efetuados em Folha de Pagamento. Já a margem consignável apurada pela PREVI demonstra a capacidade de pagamento do participante.”
c) “A Resolução CMN 3792, de 24.09.2009 determina, no artigo 9º, que "na aplicação dos recursos, a EFPC (Entidade Fechada de Previdência Complementar) deve identificar, avaliar, controlar e monitorar os riscos, incluídos os riscos de crédito, de mercado, de liquidez, operacional, legal e sistêmico".
3. Considerando ser essa a hora de cobrarmos da Diretoria Executiva da PREVI o fiel cumprimento da “Lei dos Consignados”, corrigindo o prejuízo causado aos aposentados e pensionistas que ficaram impossibilitados de renovar o Empréstimo Simples, espero que o assunto seja discutido na próxima reunião do colegiado, deles exigindo:
a) seja adotado o percentual de 40% estabelecido pela Lei 10.820 no cálculo da Margem Consignável, haja vista que na nova metodologia adotada pela PREVI foram consideradas contribuições obrigatórias e outras verbas que não se referem a empréstimos, a exemplo de seguro;
b) Caso considere-se o percentual de 30%, dele sejam excluídas todas as contribuições obrigatórias e outras verbas que não se referem a empréstimos consignados (seguros, contribuições para entidades diversas, etc.).
4. Acreditando no bom senso dos atuais dirigentes da PREVI, espero que as anomalias detectadas quanto à interpretação e o cumprimento da “Lei dos Consignados” sejam corrigidas, beneficiando a todos aposentados e pensionistas, objetivo que creio seja o de todos aqueles que compõem a atual diretoria executiva do Fundo de Pensão.
Filomeno José Linard Costa - Matr. 3.288.840-6

Anônimo disse...

Sr. Bork,

é loucura a Previ colocar mais dinheiro na Vale, smj.
Se os chineses soluçarem estamos fritos.

Anônimo disse...

É verdade que no encerramento teve apresentação do Calypso? Não faltava mais nada...

Anônimo disse...

Por que só o Sr. não entrou no FUDEF? Está lá no blog da diretora

Anônimo disse...

Dr Medeiros, tudo neste pais esta melancolico...e nos os aposentados da Previ estamos totalmente sem dinheiro, com o que vamos nos animar?

Anônimo disse...

FUDEF É O NOVO NOME DA PREVI?

Anônimo disse...

parece q tem novidade na CPI dos fundos de pensao......

recca disse...

Fopag já disponível, nenhuma melhoria para os aposentados, infelizmente.

Natal disse...

Regras do ES foras divulgadas.