100 ANOS DO BB NO RIO GRANDE DO SUL

quarta-feira, 2 de março de 2016

Sei que vocês estão preocupados com muita coisa, com o  avultado déficit da Previ, com a situação caótica da Cassi, com os investimentos no Magazine Luiza e nas torres de São Paulo, com a Invepar e a Vale, com as rescisórias da cesta alimentação, enfim, com tanta coisa que nos afeta, e, por isso, não gostam muito quando falo de festas e comemorações no blog.  Mas, as vezes, não dá para fugir, pois fazem parte de nossa vida e tem reflexos em nossas causas, mesmo que indiretos.  E´ o que eu penso.

Ontem houve uma comemoração aqui em Porto Alegre, na Agência Centro, que não posso deixar de registrar: os cem anos da instalação da primeira agência do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul. Ela foi instalada aqui em Porto Alegre, há poucos metros daqui onde fica a sede da AFABB RS, na esquina da General Câmara com a Sete de Setembro. Tinha quatro andares. Vou ver se coloco uma foto dela. Eu trabalhei nessa agência em 1959/60, no cadastro e no serviço jurídico. Entrei no BB em 1957 em Uruguaiana e vim para Porto Alegre cursar Direito.  Em 1962 foi inaugurada a nova agência Centro, na rua Uruguai, onde também trabalhei no cadastro até 1963, quando retornei a Uruguaiana.


                                      Primeira agência do BB no RS em Porto Alegre

Portanto, fácil de compreender que a comemoração mexeu com as minhas emoções e as minhas recordações.  Eu fiz , embora insignificantemente, parte da história, assim como outros que lá estavam.  Fortunatti, atual Prefeito, trabalhou lá, o Lahorgue também, por sinal foi chefe de Fortunatti, que, apesar de ter dois metros de altura, tinha o apelido de Miudinho no BB.



                                  O Superintendente Estadual, Governador e Prefeito

Encontrei no evento três pessoas cuja memória presservo.  Odacyr Klein, foi diretor do BB, e renunciou o cargo quando soube que o BB perdeu a conta movimento, ato digno, corajoso, que, infelizmente, não foi seguido por outros, nem teve a devida compreensão nem repercussão na época.  A partir daquele momento o caráter público e a autonomia do BB começava a ser questionado e fatiado com o Banco Central e com o BNDES, perdendo sua característica de autoridade monetária no Conselho Monetário Nacional.



                                              Odacir Klein, ex diretor do BB

Encontrei também um antigo garçom, mais conhecido pelo apelido de Alemão, que trabalha lá há mais de cinquenta anos, faz parte dos móveis e utensilios da casa, juntamente com o Dirceu, outro garçom histórico, responsáveis pela vaca dos lanches, carrinho que percorria todos os andares levando a merenda diária de café com leite com pão e manteiga.


                                             Alemão foi garçom de várias gerações

E finalmente encontrei, por mim indicado para ser homenageado na ocasião, o meu querido amigo e colega, Odilo José Tirelli, atualmente com 92 anos de idade, lúcido, ex vice presidente do CD da AFABB RS, um dos gerentes mais famosos e duradouros da Agência Centro, vindo de Caxias do Sul e de Lajeado, responsável por administrar uma agência de cerca de mil funcionários, com grande destaque na economia e nas finanças da capital.


                                         Gerente da Agência Centro Odilo José Tirelli

Revivemos alguns momentos marcantes de nossa vida no Banco do Brasil, que encarávamos mais do que uma simples carreira funcional, mas como uma missão de servir a sociedade, ao Estado e ao país.

Altas autoridades, como o Governador do Estado, e presidentes de entidades ligadas ao funcionalismo, como o José Rodrigues Pereira, presidente em exercício da AFABB RS,  prestigiaram a cerimônia, que foi conduzida pelo superintendente estadual atual do BB e apoiada eficientemente pela equipe da Casa.

Fiquei deveras emocionado e nostálgico.  Espero que compreendam.

Vamos que vamos


27 comentários:

Anônimo disse...

Parabens pelo post.

Anônimo disse...

Uma cerimonia relevante. Muita história. Muita emoção. Diferente de hoje.

Mario

Anônimo disse...

O ato do Odacir nunca foi reconhecido pelo funcionalismo do BB. Ele foi injustiçado. Vestiu a camiseta do BB.

Anônimo disse...

Uma postagem histórica, onde fica claro o teu sentimento de solidariedade com as pessoas, como essa homenagem ao garçom Alemão e ao injustiçado Odacir, que renunciou o cargo por não concordar com a mudança da conta movimento. Voce poderia postar fotos com o governador e o Prefeito. Mas preferiu essas pessoas. Parabens pelo seu humanismo. O doutor é gente fina.

Vasco

carlos são thiago disse...

É muito bom lembrar dos velhos e ótimos tempos.

Paulo Beno disse...

Parabéns pelo post. Participar dessa comemoração traz muitas alegrias e recordações.
Na inauguração da primeira filial do BB no Estado, O Gerente era José Tinoco, o contador era Alvaro Carvalho e o caixa era Adalardo Carvalho.

Fonte: Zero Hora, PÁG.14 (01/03/2016)"Um século BB no Estado")

Um abraço e Parabéns

WILSON LUIZ disse...

ELEIÇÃO PARA DIRETOR DE SEGURIDADE - PERIGO

Odeio escrever isto, mas acho que, neste momento, o diretor-traidor Marcel é o favorito para vencer a eleição de maio. Digo isto porque, além de termos quatro chapas de “oposição”, todos os candidatos são japoneses, isto é, nenhum é conhecido como era a Diretora Cecília, em 2014. O perigo é a votação ser pulverizada entre todos, o que beneficiaria a chapa sindicalista.

De qualquer forma, acho que nem tudo está perdido. A estratégia, a meu ver, seria que nossos formadores de opinião chegassem a um consenso sobre qual seria o candidato com mais chances de vencer, e nele concentrássemos nossos esforços para a eleição, transformando-o no “japonês da Federal”.

Na eleição de 2012, os sindicalistas tiveram 22.5% dos votos, e 22.7% em 2014. Este parece ser o teto da chapa das trevas, o índice a ser batido. Em 2014, a Cecília se elegeu com 30.9 %.

Srs. formadores de opinião, é grande sua responsabilidade. Não vão dar o vexame de, também, serem consumidos pela “fogueira das vaidades”.

Anônimo disse...

Com a criação do Banco Central acabou-se para o Banco do Brasil o assalto que este fazia sempre nos fundos do Tesouro Nacional.
Era um banco emissor de moeda, com ingerência direta na política monetária e por isto mesmo lhe foi retirada a prerrogativa.
À época, lembro-me bem, cansávamos de dispensar a captação de depósitos e outros investimentos dos clientes.
Hoje, cada vez mais, o Banco do Brasil deixa de ter razão em existir, pois virou simples banco comercial, cobrando taxas e tarifas escorchantes.
Para suprir o aporte financeiro em desenvolvimento temos o BNDES e a CEF.
Por mim, aliás, já faz tempo que deveria ter sido privatizado.

Marcelino Maus disse...

NOTÍCIAS DO BLOG A-Z:

Ao Anônimo das 02/03/16 18:28

Sobre o PL do AÉCIO para DESRATIZAR os Fundos de Pensão.

Concordo plenamente.
Temos que botar a boca no trombone.
Não é tempo de amenidades.

Joaquim Barbosa aoregia que o FORO PRIVILEGIADO do PODER LEGISLATIVO e do PUDER EXECUTIVO serve apenas para ENCOBRIR ROUBOS e garantir a IMPUNIDADE.

ALGUMA DIFERENÇA DO SIGILO que os Diretores da PREVI devem manter?

Quantas pedaladas deram nesses 13 anos de DESgoverno?

Na PREVI foi diferente ???

Anônimo disse...

POSTAGEM SUPER IMPORTANTE

Dr. Medeiros, o senador AÉCIO precisa tomar conhecimento urgente a respeito do JOSÉ PIMENTEL e que o senador deve tomar conhecimento que o PIMENTEL é autor da RESOLUÇÃO 26. Resolução inconstitucional que assalta os cofres dos fundos de pensão das estatais.

Governo tenta negociar mudanças em projeto sobre fundos de pensão

O governo conseguiu adiar a votação de um projeto considerado incômodo nesta quarta-feira (2) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado ao propor uma negociação com o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ele é o relator do projeto de lei que impede a influência político-partidária na indicação de dirigentes e conselheiros de fundos de pensão públicos.

O governo é contra a proibição de que conselheiros e diretores exerçam atividades político-partidárias durante o mandato. A proposta também determina que a escolha para os membros dos conselhos dos fundos deve ser feita por um processo seletivo, conduzida por uma empresa especializada em recrutamento.

Durante a reunião, Aécio informou aos demais senadores que o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), o procurou para pedir mais tempo a fim de negociar mudanças em seu relatório. Pimentel e a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) chegaram a preparar um voto em separado mas não o apresentaram formalmente na tentativa de conversar diretamente com o tucano.

"Essa não é uma questão que possa ser tratada pela sua relevância dentro de um embate do governo e oposição. Percebo que há boa vontade de setores do governo de contribuir para o aprimoramento dessa proposta", afirmou Aécio durante a sessão.

Segundo Pimentel, as negociações serão feitas até terça (8) para se chegar a um texto mais palatável para o governo. O senador, no entanto, não quis adiantar nenhum ponto de discussão do projeto. Ele disse apenas que a proposta será votada na próxima semana mesmo se o acordo não for feito. "Temos o compromisso de não obstruir", disse.

O projeto será o primeiro item a ser votado na reunião da CCJ na próxima semana.

A tentativa de diálogo com a oposição faz parte de uma estratégia da presidente Dilma Rousseff para tentar minimizar o impacto de pautas propostas pela oposição no Senado e que preocupam o governo.

Como a Folha mostrou, na terça (1º), a mandatária pediu aos parlamentares presentes na reunião de coordenação política para que conversassem com partidos de oposição para alterar trechos da chamada Lei de Responsabilidade das Estatais, que deve ser votada pela Casa na próxima semana.

A petista escalou o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Henrique Oliveira, para tentar chegar a um acordo com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da proposta.

Além dele, o núcleo político do Palácio do Planalto iniciou negociação com outros senadores da oposição e com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL).

caos e ordem disse...

Oi Medeirão OS PREJUDICADOS UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS. Você e outros líderes vão costurar nos bastidores o apoio à chapa que vai vencer essa eleição da PREVI. Vamos organizar essa campanha e conscientizar cada funcionário do BB de que nossa remuneração mensal está correndo sério risco. Sou José Citeli do blog CAOS E ORDEM.

Anônimo disse...

Saudades do BB de outrora.

Miguel

Anônimo disse...

Eu também trabalhei nessa agencia, no terceiro andar.

Seabra

Anônimo disse...

O BB de hoje não é nem sombra do de antigamente.

Adherbal

aruom2 disse...

Dr. Medeiros e demais colegas que frequentam o blog, venho pedir uma orientação sobre a declaração do imposto de renda:
O valor informado pela previ da parcela isenta(65 anos), não é aceita pelo sistema, diz extrapolar o valor. Para piorar minha situação, consegui me aposentar pelo TJPB onde trabalhei por 15 anos como oficial de justiça concursado, aí ja viu!!!
Estou escrevendo aqui para pedir auxilio a algum colega versado no assunto para me orientar, pelo que desde já, fico penhoradamente agradecido.

4.990.200-8 JOÃO SANTANA MOURA (APOSENTADO DESDE MAIO/1994)
FONE 083-999496666
083-988304690

Paulo Segundo disse...

A Dilma subiu no telhado, gente!O sapo barbudo foi junto!!!Bolsa subindo para 48.000 pontos!!!A delação do Delcídio pode acabar com a farra do boi!

Anônimo disse...

Encontrei-me hoje com um colega aposentado e conversamos a respeito da atual situação da Previ. Nem bem começamos a conversa e ele foi curto e grossso:
"Se prepara, porque se a coisa continuar do jeito que está, ano que vem teremos que tirar do nosso bolso para colocar na Previ."

Cláudio

Unknown disse...

Medeiros,
Boa tarde,
Você teria um e-mail em que eu possa falar com você?
Obrigado,
Celio

Anônimo disse...

Bons tempos aqueles, no início da carreira no Banco do Brasil..!
Tínhamos um imenso orgulho de pertencer à casa. Bem como também nossos familiares..!
O respeito da sociedade, o carinho, a admiração da comunidade, etc.

Saudade fica!

Abraço a todos que viveram esse tempo!

Janone

Fernando Lamas disse...

Saudações cordiais a todos.

IRPF - PARCELA ISENTA
Ilustre Doutor Medeiros, com a sua licença, quero oferecer uma opinião, sobre a questão do caro colega potiguar, o João Santana Moura.
Caro Moura, provavelmente, você deve ter colocado o rendimento do TJ como principal e deve constar o valor-teto de isenção, no I.Rendimentos do TJ. Assim, a parcela isenta da Previ, segundo rendimento, é rejeitada, pelo Programa e será considerada Tributável.

Grato por tudo e PAZ E BEM!

"Conservai-vos no amor de Deus, pondo vossa esperança na misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna."
Judas 21.

Anônimo disse...

Ao
Cláudio
3 de março de 2016 15:40

se a situação for "só esta", podemos estar contentes.
O meu medo é chegar o dia 20 e não aparecer mais nada na conta.
Parece-me que muitas coisas estão sendo engendradas pelo governo para aliviar os fundos de pensão (vide nova regra da margem consignável ref. empréstimo imobiliário). Além disso, causa-me espanto que NENHUMA associação acompanhou efetivamente a tramitação deste projeto de lei. Tudo foi feito na surdina, ao que parece (posso estar equivocado).

Medeiros disse...

meu email é jbmmedeiros@terra.com.br

WILSON LUIZ disse...

SOBRE RENDA VARIÁVEL E TÍTULOS DO GOVERNO

Sempre defendi que o problema da PREVI com suas aplicações em renda variável nada tinha a ver com a qualidade dos ativos, são ou eram excelentes empresas grandemente prejudicadas por um governo incompetente e corrupto. Bastou aparecerem delações comprometedoras sobre a presidentA, tornando mais provável sua queda, que o índice da Bolsa de Valores de São Paulo subiu mais de 16% desde o início de fevereiro; imagine-se o que pode acontecer se, realmente, cair este governo.

E as aplicações em títulos do governo, são garantidas? Todas as agências de risco classificam o Brasil no grau especulativo, muito perto de um calote.

Marcelino Maus disse...

Sobre:
"O respeito da sociedade, o carinho, a admiração da comunidade, etc.
Saudade fica!
Abraço a todos que viveram esse tempo!
Janone
3 de março de 2016 18:35"

Concordo e acrescento que tudo começou a ruir com o NOVO ROSTO do BB...

Assumi no BB em 1982 - Rio do Sul SC.
O BB era "sonho de consumo" de vários colegas do BESC e da Faculdade.

Lembro do respeito que tínhamos e do valor do Banco.
Meu Chefe de Supervisores Maximiliano Probst, no PAVAN de Agrolândia SC, numa Segunda-feira recebeu 2 clientes que procuraram seus conselhos para decidirem sobre o fim ou a continuidade do seu CASAMENTO (eram Marido e Mulher).
Obviamente o resultado da consulta sequer tive o interesse de saber, pois o respeito era mútuo: BB e clientes.

Tenho até hoje o orgulho daquele tempo e do fato de nunca ter privilegiado ou preterido qualquer cliente, fosse rico ou pobre, culto ou analfabeto.
Mas confesso que sempre prezei mais pelos últimos.

Abraço forte.

Tenhamos esperança no Brasil do Futuro.

Anônimo disse...

Emérito Mestre MEDEIROS:



PERDI TOTALMENTE o INTERESSE pelas ELEIÇÕES da PREVI, quando Vosso nome DEIXOU de FIGURAR nas CHAPAS atualmente apresentadas. PROVAVELMENTE VOTAREI NULO. A COISA ESTÁ FERVENDO! A POLÍCIA FEDERAL ACABA DE LEVAR LULA! Não dá para o Senhor dar UM BINGO: Dona DILMA SOFRERÁ IMPEACHMENT ou RENUNCIARÁ?

Anônimo disse...

Emérito Mestre MEDEIROS:



NÃO ME ADMIRAREI se o EXÉRCITO VOLTAR ÀS RUAS!

Anônimo disse...

Se voltar com o espírito inicial de 1964, ou seja, para afastar os comunistas e salafrários do poder, estarei junto.

Só não pode ocorrer é que no caminho, como anteriormente aconteceu, pratiquem desvio da finalidade principal, que é a defesa da Constituição Federal.

Viva a República!!!