ELI FIGUEIRA, MAIS UM BOM QUE SE VAI

quarta-feira, 23 de março de 2016

Faleceu hoje Eli de Souza Figueira.  Ele não era bom. Era ótimo.  Nos deixou depois de sete anos de luta destemida contra um cancer maligno, insidioso e agressivo. Eli lutou bravamente. Fez inclusive transplante de medula.  Quimioterapia. Radioterapia. Tudo que foi possível. O cancer recuava mas não dava tréguas. Parecia que ia ser derrotado. Mas aí, de repente, voltava. O Eli não se queixava da desdita. Guerreiro, lutava. Tinha gosto pela vida. Tinha por que sobreviver. Esposa, a  querida, inseparável e infatigável companheira Clara, filhos e netos a quem ele muito amava. Apreciava música, pintura, teatro, literatura, dança. Apreciava a vida.

O cancer não conseguiu afasta-lo de seus afazeres. Aposentado do BB, primeiro trabalhou na fundação da PUC, depois foi para a AABB Porto Alegre, como vice presidente cultural, e para a AFABB RS, como vice presidente financeiro e diretor responsável pelo informativo. Exerceu suas tarefas sempre com empenho, zelo, dedicação, seriedade e responsabilidade, dando uma grande contribuição a ambas as entidades.

No ano passado, por ocasião da festa de final de ano da AFABB RS, o Eli foi homenageado porque estava fazendo vinte anos que ele editava o informativo da associação. Vinte anos não é pouca coisa. Vinte anos dos quais sete com cancer.  Não é pouca coisa, repito.  O informativo, bimensal, era feito com carinho e corrreção.  Eli se preocupava com os detalhes.  Queria perfeição. Na sexta feira passada, já internado no hospital onde morreu, corrigiu o último número do informativo. Fez questão de examina-lo e opinar.

O Eli esteve sempre do meu lado em todos os instantes de minha gestão como presidente da AFABB RS.  Contribuia com sugestões, me apoiava nas decisões, estava sintonizado com minhas idéias e com meus planos de trabalho.  Sempre de uma maneira fraternal, revelando-se grato por algumas situações jurídicas que tive oportunidade de ajuda-lo. Considerava-o meu amigo e excepcional colaborador.

Estou realmente desolado com a perda desse guerreiro das boas causas.  E´ mais uma estrela no céu. Uma perda lamentável. Na flor da idade, setenta e cinco anos. Nunca vou esquece-lo.  Realmente, mais um bom que nos deixa. Que descanse em paz.  Valeu, Eli !

6 comentários:

Goulart disse...

É colega Dr. Medeiros, enquanto os bons se vão, muitos maus ou malignos, como queira, continuam a sentar em cadeiras que poderiam ser trocadas, de acordo com a regra do jogo, ninguem é dono de nada, nem de seu próprio corpo e muito menos da alma, que descance em paz, o colega, se é que posso assim dizer, que nós que continuamos na estrada da vida, clamemos pela misericórdia de eus/Jesus, tudo de bom para nós todos...

joao trindade disse...

Com permissão do colega Goulart, faço minhas suas palavras.
Sabemos o quanto é difícil perder um parente, um amigo, um co-religionário. Não fomos preparados para a perda, mas é um fato inexorável já que, ao nascermos, já estamos trilhando a estrada do fim, no eterno ciclo de nascer, crescer, reproduzir a morrer.
Deus dê o merecido descanso ao seu amigo e ânimo aos parentes e amigos.

Anônimo disse...

Colegas,

Estou triste.
Trabalhei com o Eli, Ag.centro Porto Alegre.
Cidadão integro.
Grande Colega.
Desculpem, mas mesmo em que pese este momento de tristeza, peço que a Previ repense os 60% para a viúva de Eli e de todas que sofrem com a redução da aposentadoria pelo instituto da pensionista.
Temo quando morrer, pois minha mulher terá redução de sua condição de cidadã, ao amparo de regulamentos de antiquário.

ELI! AÍ DO CÉU INTERCEDA POR NÓS homens e nossas Mulheres.
Abração

Anônimo disse...

A gozação que faria com o Internacional fica para depois. Meus sentimentos à família enlutada.

Anônimo disse...

Um grande cara. Meus pesames à familia,

Ruben

Anônimo disse...

Conheci o Eli em Tapes, onde trabalhou no BB. Seempre foi um homem direito, sério e responsável. Morreu cedo. Meus pesames à Clara e filhos.

Vasco