O BANCO DO BRASIL E PAULO GUEDES

Nunca fui simpático a um ministro da fazenda ou da economia ser um banqueiro. Na minha opinião é colocar uma raposa no galinheiro. Isto porque os bancos oficiais são instrumentos poderosos de uso do governo e ao mesmo tempo são concorrentes dos bancos privados, disputando palmo a palmo a clientela e buscando lucro nos negócios para agradar os acionistas e o governo.

Mas o Paulo Guedes era um dos principais avalistas do novo Governo e uma das esperanças de que o Brasil retomasse o progresso e a economia o crescimento. Entretanto, não é o que aconteceu. Procura se impingir a culpa à pandemia. Mas eu acho que faltou, no mínimo, habilidade e Persistência.

Nesta semana se fala bastante na saída do Guedes, tendo em vista a debandada de auxiliares importantes . Ontem Bolsonaro deu apoio a Guedes e a bolsa teve subida relevante, mais de dois por cento.

Quanto ao BB a imprensa vem batendo na operação de cessão de créditos podres ao BTG. O Antagonista pediu maiores esclarecimentos e o BB informou que a operação tem sigilo empresarial. 

Também na operação Greenfield que analisa as perdas dos fundos de pensão, foi veiculada notícia de que Paulo Guedes quer varrer a sujeira debaixo do tapete.

Nesse ínterim, surgiu como uma bomba a demissão de auditor chefe e cinco gerentes do BB por suspeita de fraudes. Uma demissão sumária que gerou até protestos pela rapidez. Mas os detalhes estão ainda sob sigilo.

O falecimento prematuro do vice presidente Walter Malieni , que teve ataque cardíaco em reunião de trabalho, e a saída do presidente Novaes são motivos de comentários diversos nos bastidores da instituição. 

O BB está demandando admissão de 120 novos funcionários para área tecnológica do banco. Sinal de que precisa melhorar essa área. Eu sou testemunha dessa necessidade. Tive dificuldades com meus cartões-de- crédito e com o aplicativo.

Vamos ver o que vai dar essa novela. Prevejo algumas turbulências no horizonte. Espero que passageiras. Nosso BB, apesar de guloso, já sobreviveu a outras tempestades. Sim, é preciso ter esperanças.