RISCOS QUE CORREMOS

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Para quem gosta de viver assustado e adora filmes de terror, sem se importar em indagar quem está ganhando com isso, vou comentar alguns assuntos que, com toda a certeza, deveriam preocupar a comunidade do BB.

Temos sido prejudicados ultimamente de várias maneiras e não tomamos as providencias necessárias.

Nossos problemas residem, antes de mais nada, nos lançamentos contábeis, aprovados com muita benevolencia pelas autoridades fiscalizadoras, como a CVM, por exemplo.  Esses lançamentos são favoráveis ao patrocinador e nefastos aos participantes, como ocorre, por exemplo, na questão do superávit.

Somos prejudicados também nos cálculos atuariais, onde os denominados critérios conservadores, avaliam por baixo os nossos benefícios, de maneira que sempre sobre um saldo apreciável para o BB quando o plano 1 terminar de vez.

Também temos prejuízo nas operações e nas despesas administrativas de nosso fundo de pensão, onde não conseguimos examinar adequadamente os números pela transparencia precária que nos é alcançada pelos dirigentes.

Basta examinar o relatório das contas e verificar que pouco podemos apurar dos dados ali referidos.

Como solucionar ou equacionar esses problemas que provocam uma sangria de recursos na PREVI e prejudicam os participantes ?  Temos que constituir um comitê de auditoria em nossas maiores associações, deviamente especializado e competente para exigir da PREVI os esclarecimentos devidos e pugnar pela correção dos erros encontrados.

Sem contar com esse apoio, ficamos ao sabor de análises superficiais, que, apesar de bem intencionadas, não conseguem penetrar na famosa caixa preta.

Tem muita coisa acontecendo em nosso redor que nos afeta.  Hoje está sendo apreciado no Supremo novamente a questão da ação da cesta alimentação, para ver se conseguimos reverter a posição desfavorável a nós com a decisão inoportuna e inadequada do ano passado.

O Banco do Brasil, por seu lado, está sendo utilizado amplamente para fins políticos, com grande risco para sua estabilidade.  O BB deferiu um empréstimo de 3,6 bilhões para a Copa, cujo pagamento vai começar a ser feito só depois de cinco anos de carência a juros módicos de 3%. Pode ?

Atrás do BB certamente virá a nossa PREVI.

Vamos abrir o olho, gente.

8 comentários:

luiz carlos disse...

Dr. Medeiros e Colegas,

Sobre açoes de cesta alimentaçao, muito importe a decisao da Caixa Economica que, em visita oficial ao TRT-ES comunicou que, visando reduzir as demandas judiciais contra a Caixa, vai deixar de recorrer de sentenças e desistir de recursos apresentados nas materias que têm entendimento consolidado pelo TST. Cita como exemplo de processo no qual a empresa nao apresentara recursos, o pedido de auxilio alimentaçao para aposentados no caso de quem tomou posse até 1995: vão fazer proposta de acordo para todos.
Fonte: blog dos bancarios. A Caixa tambem é do governo, será que nao vai "quebrar"? Se for no BB e na Previ, certamente.

Anônimo disse...

Caro Medeiros, por gentileza explique melhor a respeito da ação cesta alimentação que está sendo apreciada pelo Supremo. É o TST ou STF ? A qual ação se refere.
Tenho ação idêntica tramitando, daí o meu interesse.
Luis Eustáquio de Castro - Araxá-MG

Anônimo disse...

Dr. Medeiros Saude!
Faz tempo nao? Sim sabemos as dificuldades de lermos as contas contabeis. As grandes empresas hoje tem que obedecer a diversas diretrizes comandadas por IR, Bolsa, Lei das SAs Etc. etc.Aquela FOTOGRAFIA do instante de algum patrimonio, ficou quase impossivel percebermos alguma coisa. Mas deixam evidencias sim. Mas so podemos desconfiar. Criar hipoteses, tais como aparecer grandes quantias transferidas de uma conta ou grupo de contas, para outras.A paranoia de um analista comeca quando quer descobrir a GESTAO. O que querem os seus gestores? O que eh dito eh o mesmo do observado?Eles podem fazer aquilo que dizem? Eles tem capacidades e o entendimendo? Sao somente mentiras?Esta na moda a palavra CERTIFICACAO. Nao deve ser por acaso esta palavra aparecer.Finalmente O QUE QUEREM OS PODEROSOS? Sabemos, sabemos sim. Abrs.
Mario

Anônimo disse...

Dr. Medeiros,

Da apreciação pelo Supremo, ontem, o senhor acaso já tem alguma notícia? Procurei mas não achei nada.
Seria esta: REsp 1196167 ? (STJ)
Um grande abraço
Celso
Formiga/MG

Anônimo disse...

Ao colega de Araxá-MG

Trata-se do REsp 1207071 em que a Previ é recorrente, adiado o julgamento com previsão de julgamento para para 27/06/2012. conf. a fonte: http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/detalhe.asp?numreg=201001430498&pv=000000000000
Celso Bernardes
FORMIGA/MG

Anônimo disse...

Dr. Medeiros
Ou seria esta REsp 1207071(Cesta Alimentação)? informação dada pela AFABB RS.
Celso
FORMIGA/MG

Medeiros disse...

E´o da informação acina prestada pela AFABB RS.

Foi adiado para o dia 27 porque quando chegou a hora do julgamento os ministros viram que tinha duas sustentações orais e concluiram que não restava tempo suficiente.

O panorama é sombrio. Os advogados presentes na sessão tiveram a nítida impressão de que a cesta alimentação será retirada de vez dos aposentados.

Vamos aguardar. A PREVIC também ingressou na última hora.

WILSON LUIZ disse...

Há ADMINISTRADORES e administradores de fundos de pensão


Informe VALIA 06/06/2012
Valia e Aposvale, em parceria e na busca permanente do bem estar dos seus participantes, assistidos e associados, resolveram adotar medidas para dar prosseguimento a assuntos de interesse dos mesmos.

Superávit do Plano de Benefício Definido e Benefício Proporcional do Plano Vale Mais
Considerando que:

• o "fundo de distribuição de superávit" do plano BD (pagamento mensal de 25% sobre o benefício líquido de contribuição para a Valia e abonos anuais), se mantidos o cenário e condições atuais, tem previsão para se esgotar por volta de 2015, e que há uma grande preocupação de todos com a queda de renda que tal fato irá provocar;

• a obrigatoriedade de aplicação das regras da Resolução CGPC-26 aos novos resultados a serem apurados para fins de distribuição de eventual novo superávit e que as referidas regras, se comparadas com as regras vigentes quando da distribuição do atual fundo, terão o efeito de reduzir significativamente eventuais resultados futuros a serem distribuídos,

as duas entidades resolveram criar um grupo de trabalho com a finalidade de estudar, avaliar e propor alternativas que possam viabilizar a adoção de medidas para reduzir, ao mínimo possível, os impactos decorrentes da exaustão do "fundo de distribuição de superávit", tendo em vista os resultados futuros do plano. Deve-se destacar que não se cogita fazer mudanças nas regras atuais de distribuição do fundo ainda existente e que quaisquer medidas que venham a ser adotadas terão como premissa a manutenção da solidez financeira e atuarial do Plano.

Este mesmo grupo de trabalho avaliará também a possibilidade de buscar alguma alternativa de melhoria no Benefício Proporcional do Plano Vale Mais, a exemplo daquela obtida em agosto de 2007, mesmo considerando as regras restritivas atualmente em vigor e com o mesmo espírito de manter a solidez deste Plano.

É importante frisar que não devem ser criadas expectativas e nem se dar créditos a boatos e versões que normalmente surgem nestas ocasiões. Quaisquer informações, sempre que relevantes e necessárias, serão prestadas pelas duas entidades (Valia e Aposvale).