FOI PALHAÇADA , SIM.

Gosto da divergência, do confronto de opiniões, da lide. Por isso escolhi ser advogado.  Não faço oposição sistemática à diretoria do BB ou da Previ.  Se tem alguma medida certa ou de nosso interesse vou me apressar a elogiá-la.  Como já disse não considera os opositores como inimigos mas sim como adversários. E procuro respeitar a opinião deles. Por isso mesmo tenho vários amigos do lado de lá, do lado do SIM, do lado que apoia os atuais dirigentes.

Geraldo Magnanelli, ontem citado por sua intervenção derradeira na reunião da Previ, é um deles. Conheci o Magnanelli na AABB de São Paulo há muitos anos, quando a nossa AFABB, que semana passada comemorou vinte e tres anos, recém estava iniciando, e ele se mostrou solícito e solidário conosco, ajudando na estruturação de nosso plano de seguros.  Atualmente ele é dirigente da AFABB São Paulo, que tem o Valdenor como presidente e conselheiro deliberativo suplente da PREVI. Magnaelli é um colega gentil e gosta de elogiar, suas manifestações sempre tem esse tom e esse viés. Não é a primeira vez que o faz. Por isso sua fala não deve ter sido encomendada. Foi espontânea.

O Odali Cardoso, presidente da AABB do Rio de Janeiro (Lagoa), CONSELHEIRO CONSULTIVO da Previ conselheiro de empresa participada, também é meu amigo e gosto dele. Ontem interviu duas vezes na reunião.

O que acontece é que ambos e mais o Gilberto Santiago, presidente da AAFBB, são aliados da chapa eleita da PREVI, por serem conselheiros ou por serem dirigentes de entidades que possuem conselheiros, o que deixa no ar uma atmosfera de suspeição sobre a simpatia que possuem a respeito dos atuais dirigentes. A mesma coisa com o representante do Sindicato dos bancários do Rio.

O que ficou evidente na reunião foi a ausencia de entidades divergentes ou neutras. A AFABB - RS , por exemplo, que ficou neutra no plebiscito, apesar da interferencia do assessor do Paulo Assunção, não foi convidada parfa o evento pela primeira vez em sua história, ao contrário do que aconteceu com a AFABB de São Paulo e a AFABB de Joinville.

O que ficou patente também foi que não foram acolhidas perguntas , questionamentos ou posicionamentos feitos pela internet.

A apresentação, para mim, foi a pior das que tenho presenciado nesses vinte anos.  Começou atrasada meia hora. Dizem que as 15,15  hs. não tinha quase ninguém. Foi um pânico. Mandaram baixar os funcionários da Previ para encher o auditório.  A transmissão pela internet foi fraca, de má qualidade. Não mostrava o orador e os quadros na tela, não mostrava o auditório nem quem fazia perguntas. O constrangimento do Presidente Flores era evidente. Estava pouco a vontade num meio em que não procurou se imiscuir, não procurou dialogar, embora alegue que houve um diálogo maduro. Não sabia nem o nome do Gilberto Santiago, presidente da AAFBB.

Os números também não me agradaram. Mas isso veremos outro dia. No momento temos que nos preparar para a negociação que vai se iniciar justamente em cima desses números.

A Previ devia promover um debate de idéias.  Devia se abrir, não se fechar como um casulo, como está acontecendo. Ser mais transparente, mais comunicativa.

A emoção do Flores só teria sentido se as demais demandas tivessem sido atendidas e não tivesse havido mesquinhez com os velhinhos que ganham as parcelas do Banco do Brasil nem com as pensionistas, se houvesse sido corrigida a renda certa, incorporada a cesta alimentação, atendidas as reivindicações dos autopatrocinados.

Ontem poderia ter sido um dia de glória. Mas não foi. Infelizmente, respeitadas as opiniões em contrário, acho que foi uma palhaçada, sim.

DELENDA CARTHAGO - O SUPERAVIT É SÓ NOSSO