O TEMOR DO BANCO DO BRASIL QUANTO AO SUPERAVIT

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Perguntam-me, com insistência, sobre qual o temor do BB nessa questão do superavit  e sobre a relevância da observação feita pela Morgan Stanley a respeito das apropriações. 
Acho que o BB agora está pressionado para dar uma solução ao caso por várias razões e deve resolver o impasse até o final do ano, com certeza, pois está a descoberto, tendo em vista que se apropriou indevidamente do superavit da PREVI, existindo uma liminar, e , principalmente, porque se excedeu nos valores, pegando 14 bilhões em vez de oito bilhões, segundo consta.
O temor do BB não é só com o Morgan Stanley, que analisa as demonstrações financeiras com vista ao mercado de capitais e influi nas cotações das ações, mas principalmente com a SEC, organismo importantíssimo a serviço da Bolsa de Nova York, que fiscaliza as empresas que operam lá, como é o caso da VALE e do Banco do Brasil.  A certificação da SEC é essencial para a credibilidade contábil e suas observações obrigam muitas vezes as empresas sob seu controle a revisar balanços e efetuar correções e estornar valores.
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O balanço anual do BB está próximo. Faltam apenas NOVENTA DIAS, que passam rápido.  E´ vital para o BB que tudo esteja em ordem, que não pairem dúvidas sobre seus critérios contábeis.  E  é dessa circunstância que nós temos que nos aproveitar agora por ocasião das negociações do superavit, exigindo não só sua distribuição justa e equânime, como também a solução para a renda certa e para o aumento do percentual das pensionistas, no mínimo. E no caso da distribuição não se pode esquecer da retroação.
O desespero do BB pode ser aquilatado pela nota ontem distribuida pela PREVI que dá conta da contratação justamente da Morgan Stanley, que contestou as demonstrações do banco, para avaliar os ativos da Neo Energia e da CPFL.  Porque ela ?
Amanhã comentarei sobre como vejo a participação do BB no superavit.

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